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Polí­tica

Foto: Divulgação

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A Comissão de Reformulação do Ensino Médio realizou nesta última terça-feira, 14, atendendo um requerimento da deputada federal Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), uma audiência pública para que os secretários de educação dos estados de São Paulo, Ceará e Minas Gerais pudessem expor projetos que contribuíram para melhorar a qualidade do ensino público.

Em resumo, os secretários mostraram melhorias possíveis com investimento voltado para o incentivo em novas tecnologias, acompanhamento pedagógico e ensino profissionalizante para a inserção do jovem no mercado de trabalho.

Para a deputada Dorinha, apesar do esforço dos estados, o ensino médio só deixará de ser uma "catástrofe" após um investimento maciço na formação do professor. “Os estudos mostram a catástrofe do ensino médio. É um sistema que vem com problemas graves ao longo do tempo. Não tem como fazer uma revolução, do ponto de vista de qualidade, se não tiver focado na figura do professor e aí é preciso investir em formação, valorização, envolvimento e responsabilização”, afirmou.

Dorinha apontou também que não tem jeito de pensar nessa revolução sem currículo, sem definir o que precisa ser trabalhado na formação docente para saber o que vai ser ensinado na sala de aula. “A formação inadequada dos professores e falta de informação mostram os números baixos de qualidade da educação”. A parlamentar elucidou a construção de um currículo nacional para consolidar um mínimo curricular com a possibilidade de melhorar a formação.

Ações nos estados

O secretário de educação de São Paulo Herman Voodwarld disse que o estado se apoia em cinco grandes pilares para a melhoria do ensino da rede estadual: valorização, gestão pedagógica, novo regime da carreira do magistério, mobilização e engajamento no ensino-aprendizagem.

Ana Lúcia Gazzola, secretária de educação de Minas Gerais, disse o maior desafio é trabalhar as mudanças para melhorar a qualidade da educação como ampliar a atratividade para diminuir o alto índice de evasão escolar e aumentar o incentivo ao ensino profissionalizante para aumentar a inserção de jovens no mercado. “MG está refazendo o ensino médio, contribuindo para a ressignificação do ensino, favorecendo o ingresso dos alunos no mercado e preparando para o prosseguimento nos estudos. Uso de novas tecnologias, revisando o conteúdo básico, atividades interdisciplinares e inclusão de áreas de empregabilidade”, afirmou.

A secretária de educação do Ceará, Maria Izolda Coelho disse que as ações realizadas no estado são construção de escolas, recuperação do parque escolar, investimento na política de transporte escolar, laboratórios, acervos, esporte. Também houve fortalecimento do acompanhamento pedagógico, protagonismo estudantil, cultura da paz nas escolas e incentivo na educação profissional, além de processos de formação centrados na demanda da escola e implantação de experiências de inovação curricular.