A morte do ajudante de pedreiro, Wagner Dias de Carvalho, 27 anos, no sábado, 25, em Porto Nacional repercutiu na Assembleia Legislativa do Tocantins na sessão desta terça-feira, 28. O deputado do PR, Stalin Bucar afirmou que vai pedir à Comissão dos Direitos Humanos da Casa de leis que acompanhe o caso. O parlamentar preside a comissão. “Se houve excesso por parte da Polícia e se a causa da morte foi realmente um espancamento tem que ser apurado”, frisou. O deputado elogiou a Polícia Militar do Estado mas frisou que o caso precisa ser averiguado.
“Não podemos permitir que a Polícia Militar se torne para a população do Estado, um problema.A população não tem medo só dos marginais começa a ter medo de quem tem que protegê-la”, disse se referindo aos grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro onde as atuações da PM deixam a população com medo e razão da falta de segurança pública.
Em seguida o deputado Sargento Aragão (PPS) frisou que é preciso combater possíveis excessos por parte da Polícia. “Pode ter certeza que não compactuamos nem aceitamos uma coisa dessa natureza posso lhe adiantar que o comandante geral já instaurou procedimento”, informou o deputado, se referindo ao inquérito militar que a Polícia Militar informou que vai abrir para investigar o caso.
O parlamentar falou ainda sobre um vídeo publicado na internet e se colocou a favor dos policiais com base no que mostraram as imagens. “As imagens mostram justamente o contrário do que disseram”, frisou relatando que nas imagens os policiais tentam reanimar o rapaz. “Evidentemente que se houve excesso a gente tem que combater”, resumiu o deputado Sargento Aragão.
O caso levantou polêmica porque relatos de vizinhos e familiares apontam que o ajudante de pedreiro foi morto após espancamento por dois policiais militares que teriam ainda usado spray de pimenta e dado choques. O episódio aconteceu em frente à residência da vítima e deixou a população indignada.
Familiares já afirmaram ao Conexão Tocantins que vão acionar o Ministério Publico. Um outro vídeo, segundo a família, mostra toda a ação dos policiais que teriam espancado o rapaz inclusive quando ele já estava com pés e mãos algemados. O Samu chegou a ir até o local, mas, na versão dos familiares, o rapaz já estava morto quando a ambulância chegou.
A família está muito abalada com o caso. Carvalho era dependente químico e toda a confusão começou com o suposto roubo de uma moto de outro rapaz do mesmo setor que o acusou de estar com o veículo. A Polícia foi acionada e foi até a casa de Carvalho onde o episódio aconteceu e culminou na morte do rapaz. Segundo nota do comando da PM, Wagner Dias desmaiou depois de embate físico com os políciais após ter conseguido desvencilhar-se das algemas que o prendiam.