Enriquecer o arroz de todo dia com vitaminas necessárias ao desenvolvimento da criança. Esse é um dos objetivos do projeto desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa, através da Path, organização internacional que conta com recursos da Fundação Gates. O projeto foi apresentado pelo consultor Sergio Segall na manhã desta quarta-feira, dia 03, ao secretário executivo da Agricultura e Pecuária, Ruiter Pádua, e ao diretor de Agroenergia da pasta, Luiz Eduardo Borges Leal.
Segall explicou que o projeto consiste em usar a quirera do arroz (sobra do produto após passar pelo beneficiamento), enriquece-la com vitaminas e moldar no formato de um grão normal. A mistura é incorporada ao produto natural. “É algo que muito tem a contribuir com o desenvolvimento e a melhoria da saúde. Consiste na fortificação do arroz para combate a anemia e outras deficiências. Já conseguimos que a iniciativa privada abrace a causa, mas agora precisamos também do apoio do poder público, principalmente, visando a introdução na merenda escolar”, contou.
Pádua disse que é interesse do Governo do Estado, conforme determinação do governador Siqueira Campos, que se trabalhe para melhorar a qualidade de vida do tocantinense. Diante disso, ele declarou que será estudado pela Seagro um termo de cooperação técnica para que o projeto seja implantado no Tocantins.
Ainda durante o encontro, Segall falou sobre as pesquisas que desenvolve sobre o uso do capim elefante como fonte de biomassa. “É uma energia renovável sem igual. Produz de 80 a 90 toneladas de massa por hectare”, destacou.
Pádua informou que a Seagro, em parceria com o Sebrae, já desenvolve junto a 15 ceramistas o projeto de uso do capim elefante. A intenção é que seja aumentada a área plantada para os próximos anos.
Arroz fortificado
O Centro de Excelência em Fortificação de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa (UFV) possui a licença de uma tecnologia de fortificação de arroz de baixo custo que, por sua vez, pode transferir a beneficiadoras de arroz interessadas. A tecnologia combina vitaminas e minerais selecionados, como ferro, zinco, tiamina e ácido fólico, com a farinha de arroz para produzir grãos com formato de arroz através de um equipamento de extrusão de massas. Os grãos são então misturados ao arroz tradicional em uma proporção entre 1% e 5%, dependendo da concentração desejada de vitaminas e minerais nos grãos. O arroz fortificado resultante é virtualmente idêntico ao arroz tradicional no aroma, paladar e textura. (Ascom/Seagro)