No Tocantins, há 30 Unidades de Conservação, entre áreas de gestão federal, estadual, municipal e particulares. São reservas de proteção integral, voltadas para o ecoturismo e pesquisa científica, além de áreas de uso sustentável, onde são permitidas atividades extrativistas e agroecológicas.
Nesta quarta-feira, 17, quando se comemora o Dia de Proteção às Florestas, o governo do Estado ressalta as ações que vem sendo desenvolvidas para preservação do meio ambiente. Dentre elas está a revisão da Política Estadual de Florestas, elaboração do Plano Estadual de Floretas, ampliação das áreas protegidas a partir da criação de novas unidades de conservação, a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o trabalho de controle e combate das queimadas e incêndios florestais.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alan Barbiero, para proteger e conservar as florestas do Tocantins, o Estado está revendo e atualizando a legislação atual de proteção florestal. Pela primeira vez, em 18 anos, a atualização é feita com o objetivo de atender as exigências do Novo Código Florestal Brasileiro. “Existe uma série de ações que são feitas de forma articulada para preservação e conservação das florestas.Estamos fazendo uma revisão da política estadual e do plano estadual de floresta, estamos modernizando a nossa legislação estadual a luz do novo código florestal”, afirmou.
Barbiero conta que outra política que visa assegurar o respeito à legislação ambiental por parte do produtor rural é o Cadastro Ambiental Rural (CAR). “Graças a um projeto do governo do Estado, o Tocantins vai receber R$ 40 milhões que serão investidos no CAR. O Tocantins será o primeiro estado da federação a ter todas as suas propriedades cadastradas, em torno de 82 mil, que terão integrados dados ambientais com objetivo de reduzir do desmatamento”, explicou.
O secretário destaca ainda que a Semades, após discutir com a sociedade, pretende criar três novas Unidades de Conservação: a Serra da Cangalha, em Campos Limpos; o Interflúvio do Tocantins-Paraná, em Paranã; e o Vale do Rio Palmeira, em Novo Jardim e Ponte Alta do Bom Jesus. A meta é proteger pelo menos 10% do território do Tocantins com unidades de proteção integral.
Outra preocupação do governo é prevenir e combater os incêndios florestais. Nos Parques Estaduais do Cantão, Jalapão e Lajeado foram implantadas Brigadas do Naturatins para fazer o monitoramento das áreas; assim como em diversos outros municípios, onde órgãos estaduais, municipais e federais se unem para evitar as queimadas. Segundo a Semades, mais R$ 33 milhões – recursos do Banco Mundial Alemão e da Giz – estão sendo investidos para combater as queimadas no Jalapão e Cantão. E a intenção do governo é criar a Academia do Fogo, com capacitações permanentes para formação de brigadistas.
Ainda em
termos de investimentos, recursos do projeto GEF Cerrado Sustentável garantiram
R$ 600 mil para compra de caminhões Marruás para o trabalho de combate ao fogo
feito pelo Naturatins. Já o programa de Prevenção e Combate a Incêndios
Florestais, Acidentes Ambientais, Fiscalização e Investigação de Crimes contra
o Meio Ambiente vai permitir investimento de R$ 100 milhões pra aquisição de
equipamentos canadenses, com tecnologia de ponta.
Silvicultura
O Tocantins tem atualmente mais de 83 mil hectares de florestas plantadas no Estado. Conforme Barbiero, para preservar as áreas verdes no Estado, o governo busca fomentar o crescimento da silvicultura. “Hoje o plantio de eucalipto, seringueira e outras espécies são feitas segundo a expectativa dos empresários. Nós queremos organizar esse manejo e o Plano de Floresta do Estado irá indicar quais são as áreas mais propícias para ter a floresta cultivada e quais são as áreas para preservar a mata nativa”, explica o secretário.