O deputado do PMDB, José Augusto Pugliese foi à tribuna na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira, 1º, para criticar a atual gestão estadual. Esta foi a primeira sessão após o recesso parlamentar.
“A cada dia que passa ficamos preocupados com os rumos e destinos do Estado do Tocantins”, começou dizendo. Segundo ele o governo tem demonstrado total inaptidão para a gestão. “Não conseguimos ultrapassar uma semana sequer sem ver uma coisa saindo d anormalidade até mesmo no período que esta Casa estava de recesso”, completou afirmando que as coisas estão de mal a pior.
O peemedebista afirmou que o Estado está desorganizado financeiramente. “Os preceitos da normalidade da administração não estão sendo seguidos”, disse. Ele afirmou que além das demissões em massa que estariam sendo feitas muitos salários e gratificações serão diminuídas.
“Vamos ter que colocar aqui o secretário de Administração com o de Planejamento para analisarmos qual é o planejamento que o Estado está dando. Um secretário fala um número e o outro fala outros”, retrucou. Ele disse que o Tocantins vive o governo do improviso. “ Não há profissionalismo na gestão, nós da oposição tivemos paciência até o ano passado”, frisou. Ele criticou ainda a reforma administrativa feita pelo governo e diz que ela foi o “mais do mesmo”.
Outra alegação do peemedebista é que alguns incentivos dos empresários foram retirados pelo atual governo. “ Não podemos mais aceitar esse tipo de gestão. O estado precisa de gestão profissional”, disse. Para o deputado, a Assembleia precisa sair da “letargia” e começar a cobrar mais os secretários. “Está na hora desse governo pegar o boné e sair e deixar quem tem realmente condições de governar este Estado”, frisou.
Pugliese é considerado um dos nomes que pretendem disputar o governo no próximo ano.
Em resposta, o líder do governo Carlão da Saneatins (PSDB) informou que o Estado está atento a Lei de Responsabilidade Fiscal e que busca fazer os ajustes necessários. “Em 2010 para 2011 foi reduzido no cargo de servidores 21.327 para 3.693. Em junho houve ainda redução de mais 5,4%. Desses 3.693 cargos, 1.493 são ocupados em comissão de servidores efetivos”, afirmou.
Conforme ainda o líder, o governo deu posse para mais de 3 mil aprovados no concurso. “De 2009 a 2010 foram enviados 23 projetos de lei para que fizeram concessões a servidores que impactou a folha em R$ 400 milhões”, argumentou. Ele voltou a dizer que o governo “cortou na própria carne” para normalizar os custos com servidores.