Ao contrário do que se imagina, apesar do alto endividamento das famílias na Capital do Tocantins, a quantidade de pessoas que disseram não ter condições de pagar suas dívidas caiu. Apenas 0,2% dos entrevistados que estão em atraso não terão condição de pagar suas contas. Em agosto, a pesquisa que mede o endividamento e inadimplência das famílias em Palmas – PEIC, registrou a maior porcentagem desse ano, 84,8%. Uma alta de 6,4% quando comparado ao mês passado.
Do total de endividados, a maioria (82,2%) considera-se pouco endividados e 9,8% das famílias estão com dívidas em atraso. O tipo de dívidas mais comuns permanece em primeiro lugar o cartão de crédito (73,5%), seguido de financiamentos de carro (31,7%) e carnês (29,2%).
O presidente da Fecomércio, Hugo de Carvalho, considera esse índice notável. “Não chegamos a um índice tão alto quanto esse nos últimos três anos. Isso demonstra realmente a facilidade no acesso ao crédito, porém o consumidor deve estar atento ao comprometer sua renda com dívidas, principalmente a longo prazo. Apesar do nível de inadimplência estar bem baixo, é preciso cautela por parte dos consumidores e empresários”, afirmou.
O tempo médio das dívidas registrado foi de 8,6 meses, sendo que 55,2% disseram ter dívidas por mais de um ano, 11% de seis meses a um ano, 17,3% de três a seis meses e 16,5% até três meses. Já o tempo médio para o atraso nas contas é de 45 dias. O comprometimento médio da renda familiar com contas é de 32,7%.
A PEIC é uma pesquisa realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC, em parceria com a Fecomércio Tocantins. A coleta dos dados é realizada sempre nos últimos dez dias do mês, ou seja, os dados foram coletados entre os dias 22 e 31 de julho. A amostra coletada é de mínimo 500 famílias.