A Superintendência da Mulher, Direitos Humanos e Equidade (Sumudhe) da Prefeitura de Palmas recebeu na última sexta-feira, 30, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde, representantes do movimento de lésbicas de Palmas, na sede da instituição. Na ocasião, foi entregue aos órgãos municipais, uma carta com demandas reivindicadas pelos movimentos.
Para a professora Bruna Irineu, Coordenadora do Núcleo Sexualidade, Corporalidades e Direitos da Universidade Federal do Tocantins (UFT), é preciso abrir espaço para redes autônomas no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher. “É importante ocupar esses espaços para que consigamos reconhecer as demandas”, pontuou.
“Na nova gestão do Conselho, já estamos trabalhando para ampliar este espaço de representação no Conselho, vamos trabalhar a alteração da Lei e esta mudança deve ser construída para próximos pleitos”, destacou a Gerente de Políticas Públicas para as Mulheres, Laudicéia Rodrigues.
Saúde da mulher lésbica
No que diz respeito à saúde da Mulher Lésbica, as representantes do Movimento abordaram a necessidade da construção de uma política em que haja o diálogo constante entre poder público e movimentos sociais. “É através desde diálogo que as demandas podem ser reconhecidas pelo poder público e assim as necessidades serem sanadas”, disse Fábio Coelho, Gerente de Equidade.
Na ocasião, a Conselheira da Mulher e responsável pela área técnica da Saúde da Mulher de Palmas, Iêda Fátima, ressaltou que as solicitações apresentadas pelo movimento são pertinentes. Destacou também que o movimento ainda é tímido e que é preciso realmente provocar o poder público. “A Saúde da mulher é contemplada no Plano Nacional de Atenção à Saúde da Mulher, e lá é referendado o trabalho com as mulheres lésbicas”, salientou.
Estiveram presentes na reunião, as representantes do Movimento de Diversidade Afetivo-Sexual (MUDAS), Marina Galvão e Dani Braga; da Liga Brasileira de Lésbicas no Tocantins, Mariana; a Coordenadora do Núcleo Sexualidade da UFT, Bruna Irineu; a Conselheira da Mulher, Ieda Fátima; a gerente da Vigilância Epidemiológica, Marta Malheiros, e os gerentes da Sumudhe, Fábio Coêlho, e Laudiceia Rodrigues.
Demandas reivindicadas
· Assento no Conselho Municipal de Saúde;
· Assento no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher;
· Assento no Conselho Municipal de Direitos Humanos, com representatividade por segmento das identidades LGBT;
· Realização das ações do Plano Operativo de Saúde Integral LGBT, com foco nas lésbicas;
· Distribuição de insumos para lésbicas, como gel lubrificante e barreira para sexo oral, nos Postos de Saúde e pontos de sociabilidade lésbicos; e
· Realização de Campanha com foco no atendimento humanizado às lésbicas no SUS, especialmente nas áreas de ginecologia.