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Economia

Andre Pugliesse durante encontro regional de logística

Andre Pugliesse durante encontro regional de logística Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Andre Pugliesse durante encontro regional de logística Andre Pugliesse durante encontro regional de logística

“Um milhão de toneladas por ano de produtos ajuda na competitividade econômica do Brasil e é isso que queremos fazer como a implantação do Porto de Praia Norte no Tocantins”, anunciou o diretor da empresa responsável pela implantação do porto, Klaus Weyand, durante o XXV Encontro sobre o corredor Centro-Norte, evento de logística realizado periodicamente em diversos Estados.

O evento foi este mês no Tocantins, organizado pelo Ecoporto Praia Norte, que está sendo implantado no extremo norte do Tocantins. O encontro aconteceu no auditório da Fecomércio – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Tocantins.

De acordo com Weyand, o empreendimento será inaugurado em 2014 e poderá transportar, de imediato, cerca de 300 mil toneladas de grãos por ano através do escoameto de produtos via rio Tocantins, até a Zona Franca de Manaus-AM.

O superintendente de navegação da Antaq – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Adalberto Tokarski, destacou durante sua palestra as oportunidades de negócios com a logística que o Tocantins possui. “A utilização da hidrovia como meio de transporte de cargas irá transformar o Tocantins e o corredor Centro-Norte”, destacou.

Tokarski lembrou a necessidade de viabilizar a navegação no Rio Tocantins durante os 12 meses do ano, que hoje é impedida na época de seca pelo Pedral do Lourenço. “O Brasil transporta cerca de 80 milhões de toneladas por ano pelos rios e com a hidrovia, o Tocantins ficará cada vez mais estratégico com a logística adequada para atrair investidores já que terá todos os modais”, destaca o representante da Antaq.

O diretor Planejamento e Empreendimentos Estratégicos da Sedecti – Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, André Pugliese, apresentou durante o encontro o potencial logístico do Estado para os investidores presentes. Ele destacou que por causa desta logística o Estado vem atraindo grandes empresas que buscam agilidade no transporte de cargas.

“A capacidade de atração de investidores pelo Estado é enorme, pois, temos as condições ideais de logística como: ferrovias, estradas pavimentadas, hidrovia, localização geográfica, alta luminosidade, terras férteis, tudo isso contribui para que os investidores vejam o Tocantins como ponto estratégico para os negócios”, afirmou Pugliese.

Ferrovia Norte-Sul

O gerente regional da VLI – Vale Logística, Eduardo Calléia, mostrou dados de operação e transporte da FNS – Ferrovia Norte-Sul, no trecho entre Palmas a Açailândia-MA, durante sua participação no evento.

Nos seis primeiros meses de 2013 a Ferrovia transportou cerca de 240 mil toneladas de minério de ferro e quase 2 milhões de grãos. Para 2014 a expectativa da empresa é aumentar o volume de carga. “Vamos ampliar a capacidade em de Palmeirante e começar a transportar carga de manganês de uma mina de São Valério, sul do Estado. O embarque teste do minério está marcado para o dia 10 de outubro, em Porto Nacional”, anunciou o gerente.   

Segundo Calléia a FNS busca ampliar as atividades e já tem previsão de compra de 65 locomotivas, 3400 vagões, construção de pátios de cruzamento. “O mercado precisa de alternativas e para o Tocantins isso é excelente”, lembrou.

Operação começa em 2014

O projeto tem o apoio do Governo do Estado, através da Sedecti – Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação e quando pronto, em funcionamento, será um importante empreendimentos para a infraestrutura logística do Tocantins e do País com maior foco nas regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste.

A previsão operação é início de 2014. O projeto tem investimentos de cerca de R$ 30 milhões, destinados à construção de piers para embarque e desembarque de produtos, galpões, acessos, trevos, pátios, controle de fiscalização, infraestrutura de alimentação, saúde, guindastes, asfaltamentos dos pátios e instalação da rede de iluminação.

O Governo do Estado investe cerca de R$ 7,2 milhões no projeto com obras de infraestrutura. A verba é do CDE – Conselho de Desenvolvimento Econômico.