Entre os anos de 2002 e 2005, o médico cubano Angel Remígio Lemes trabalhou em Lizarda, a 317 Km de Palmas, região Oeste do Estado. Ele conta que além do crescimento profissional, a experiência que teve nesses três anos com o povo tocantinense lhe rendeu amigos e boas lembranças do Tocantins. Neste sábado, 14, ele retornou ao Estado, desembarcando na Capital, Palmas, na companhia de outros 14 médicos cubanos e um brasileiro formado em Medicina no exterior. Eles vão trabalhar em municípios do interior do Estado através do programa Mais Médicos, do governo federal.
Angel foi um dos médicos que veio para o Tocantins depois de um acordo firmado em 1.998 entre o governo de Fidel Castro e o então Governador do Estado, Siqueira Campos, para beneficiar o sistema de saúde tocantinense. “Gostei muito do Tocantins, do Brasil. Estamos de volta, com a expectativa de fazer o melhor trabalho possível, em favor daqueles que precisam. Trabalhei com um médico brasileiro, uma relação de parceria e de familiaridade, foi demais!” contou. Agora, ele trabalhará m um Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) no município de Tocantínia, a 75 Km de Palmas, na região central do Estado.
Quando recebeu os profissionais do programa Mais Médicos em seu Gabinete no Palácio Araguaia, em Palmas, o Governador Siqueira Campos falou sobre o período em que Angel e outros médicos de Cuba trabalharam no Tocantins.
“Foi o melhor tempo da saúde pública do Estado do Tocantins com a presença dos 343 médicos cubanos, não tive nenhum problema. Foi um tempo muito bom”, disse.
Expectativas
“Espero encontrar um povo muito acolhedor”, é a expectativa da médica Yamila Bell Villanueva quanto à população de Esperantina, a 680 Km de Palmas, no extremo Norte do Estado, onde vai trabalhar. O sentimento é o mesmo para a cubana Yarenis Pupo, médica há 10 anos. “Além de ajudar as pessoas mais necessitadas, queremos trabalhar em conjunto com os médicos brasileiros. Esperamos receber carinho e amor da população”, enfatizou.
Dos 16 profissionais do programa Mais Médicos que desembarcaram neste sábado, 14, em Palmas, Fabrício Cavalcante é goiano e o único brasileiro do grupo. Ele já conheceu a cidade que irá trabalhar: Caseara, a 256 km de Palmas. Ele conta que escolheu o Tocantins para trabalhar através do programa porque a família dele já reside aqui. “A cidade tem uma estrutura muito boa, espero contribuir com o objetivo do programa e do que a Caseara realmente necessita. Espero que a população também compreenda o nosso processo de adaptação”, disse. Além disso, o médico declarou que espera ajudar aos colegas estrangeiros no que diz respeito à cultura regional e à língua portuguesa. (ATN)