O senador João Ribeiro (PR) que está convalescendo de um transplante de medula para combater um tipo de leucemia chamado Síndrome Mielodisplásica, convidou representantes de partidos que fazem parte da oposição ao governador Siqueira Campos para uma reunião em Brasília, entre eles a senadora Kátia Abreu (PMDB). O presidente metropolitano do PP e secretário de relações institucionais da Prefeitura de Palmas, Tiago Andrino, falou em entrevista ao Conexão Tocantins, que o PP da Capital é contra uma possível composição “das forças de oposição” para formação de um "chapão". Por telefone, Andrino explicou que a decisão do diretório metropolitano de não participar da reunião se deu por uma questão de coerência política. “A discussão que nós temos no PP é de um projeto que não se resumisse a uma oposição ao Governo do Estado. Nós debatemos uma terceira via, não que juntasse todo mundo e tornasse todos iguais”, disse.
Segundo Andrino, essa composição única de oposição não faz parte do caminho que o PP busca para o Estado. Para ele, o PP da Capital caminha junto com outros partidos como o PSL, PT, PCdoB, PRB e o PP. “Esse caminho não faz parte da construção que o PP de Palmas planeja para o Estado. Não podemos perder coerência política”, argumentou.
Kátia Abreu e Marcelo Lelis
Ainda segundo Andrino, existe um respeito e uma relação de amizade de seu grupo e do prefeito da Capital, Carlos Amastha (PP), pelo senador João Ribeiro (PR), mas que não é possível se alinhar aos adversários políticos de campanha. “A Kátia Abreu tentou combater nossa candidatura, o Marcelo Lelis (PV) foi nosso adversário junto com o governo, nós não somos iguais a eles, não nos juntamos por conveniência”, destacou, ao reafirmar que não compactua da reunião das "oposições”. O presidente metropolitano do PP ainda acrescentou que o deputado federal Irajá Abreu (PSD), filho da senadora Kátia Abreu (PMDB), acabou de deixar a base do governo, e deu a entender que essa relação ainda é próxima. “Irajá Abreu saiu a muito pouco tempo do governo, da base de apoio. Este grupo ainda não apresentou um projeto”, questionou. Questionado se negaria a compor com senadora Kátia Abreu o pepista respondeu que o problema não é com ela e sim com o que ela representa na política. “O nosso problema não é com a senadora Kátia Abreu é com o que ela representa. Nós buscamos o novo, nosso problema é contra a velha política do Tocantins”, explicou.
Candidatura própria
Sobre a participação do presidente regional do partido, deputado Lázaro Botelho, na reunião, Andrino explicou que acredita que ela seja por uma questão de amizade e respeito ao senador João Ribeiro. “Não acreditamos em aliança política. Acredito que a participação do presidente regional do PP foi por cordialidade, como ouvinte”, disse. O grupo defende a candidatura do empresário Roberto Magno Martins Pires (PP) ao Governo do Estado. Também são pré-candidatos pelo o grupo o secretário Municipal de Saúde, Nicolau Esteves (PT); o ex-ministro da saúde e secretário municipal desenvolvimento econômico, Borges da Silveira (PSL) e o suplente de senador Marco Antônio (PSL). “Estamos com uma unidade em torno do nome do Robertinho [Roberto Pires]”. Ao finalizar o assunto, Andrino destacou que uma nova composição política não foi deliberada no diretório do PP e que se o comando regional tomar uma decisão que não for democrática pode haver uma divisão de apoios. “A partir do momento que o partido tomar uma decisão que não for democrática, nós não temos a obrigação de estarmos juntos. Temos a nossa posição e não vamos abrir mão da nossa coerência”, pontuou.
Apoio ao PT
Andrino ainda parabenizou o PT pela decisão de não participar da reunião e se manter firme em seu projeto e ideologia política. Situação que segundo ele deve ser seguida pelo PP. “Nós do PP da Capital e o prefeito Carlos Amastha, ficamos muito felizes com a posição firme do PT. Posição de construir um novo caminho, de manter a firmeza. A gente acredita em um caminho concreto e esse é o caminho que PP deve estar”, finalizou. (Atualizada às 12h26)