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Campo

Foto: Divulgação

Utilização de pouco espaço, baixo custo e mão de obra local são algumas das vantagens do Projeto Gamboa, criado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) e apresentado aos produtores rurais da região do Vão do Mutum, no último sábado, 07.

No Dia de Campo sobre piscicultura o maior questionamento dos participantes foi sobre o trato dos peixes, bem como o escoamento da produção. “Este projeto foi idealizado primeiramente para cumprir um papel social muito importante, o de colocar proteína na mesa do produtor, dar a ele uma alternativa a mais além da carne vermelha”, explicou o secretário da Seder, Roberto Sahium.

Ainda de acordo com Sahium, o projeto sai a um custo baixo considerando-se os ganhos que o produtor terá com a venda do excedente da produção. “Além de ter um peixe fresquinho, da hora, para o almoço, ainda é possível vender baratinho, para um vizinho, um familiar, fazer uma doação, o produtor tem um leque de opções positivas com o Gamboa”, frisou o gestor.

O chacareiro Pedro Alvacir da Silva afirmou estar interessado em produzir peixes com a técnica usada no Gamboa. “Eu estou impressionado com a demonstração, principalmente por ter uma propriedade num local com riqueza de água corrente, limpa, pronta para o uso”, disse o produtor, acrescentando que não come carne vermelha. “A Secretaria está correta em incentivar uma alimentação diferenciada, é preciso aprender a comer peixe, pois acredito que uma boa alimentação rejuvenesce”, frisou Silva.

O Dia de Campo contou com a parceria do vereador Major Negreiros na mobilização da comunidade. “Eu sempre gostei de realizar reuniões produtivas, com novidades que ajudem a comunidade. E estou satisfeito com a realização deste dia de campo aqui no Mutum”, disse o parlamentar, ressaltando que “é preciso boa vontade e organização para fazer as mudanças positivas que a comunidade precisa”.

O senhor Valter Curado, proprietário da chácara onde aconteceu o Dia de Campo sobre Piscicultura, também ressaltou as vantagens oferecidas pelo projeto. “Tenho certeza que todos aqui viram que é possível produzir num espaço pequeno, reaproveitando a água e assim ter uma nova fonte de renda, o que é muito importante para nós”, disse.

O projeto

Criado para incentivar a produção de peixes em Bag-fish (bolsas para peixes) com alta tecnologia, reunindo práticas que respeitam o meio ambiente como a reutilização da água dos tanques para fertirrigação (técnica de adubação que utiliza a água de irrigação para levar nutrientes ao solo cultivado) e o uso de placas de energia solar.

Além de prezar pela utilização de um espaço reduzido no processo de criação de peixes, destaca-se, ainda, por fazê-lo em tempo razoável, favorecendo a competitividade dos produtores que adotarem tal prática.

Toda a água fertilizada no projeto pode ser usada tanto na agricultura familiar (frutas e verduras), produção de leite (pastagens), como no plantio de flores tropicais. (Secom Palmas)