Moradores da região de Taquaruçu Grande e ativistas ambientais representantes de várias entidades reúnem-se neste sábado, 14, a partir das 9 horas, no galpão da Paróquia Bom Jesus da Serra para traçar metas e estratégias de mobilização popular em defesa da Bacia do Ribeirão Taquaruçu. O encontro marca ainda a criação oficial da ONG ambiental Água Doce que já tem trabalho prestado na região.
“Estudos indicam que a bacia do Taquaruçu vem perdendo a sua capacidade de vazão, apresenta trechos completamente assoreados com indícios de poluição que ameaça a sua condição de fonte de água potável”, denuncia a professora Noeli Maria Sturner, moradora da região e líder do movimento. Para ela não há mais tempo a perder é preciso uma ação radical no sentido de frear a depredação e salvar o córrego que considera importante para Palmas.
A professora aponta ainda a omissão do poder público e a falta de fiscalização dos órgãos ambientais como fatores que contribuem para a degradação de uma região que tem uma função muito especial para Palmas, que funciona segundo ela como pulmão da metrópole. “É inaceitável a forma como a prefeitura vem tratando o problema do lixo da região, com total descaso”, critica a ativista que diz estar cansada de levar pedidos a secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos para coleta regular dos contêineres e ouvir promessas que não se cumprem.
“Nós proprietários e moradores de Taquaruçu não nos sentimos donos destas riquezas que a rigor pertencem a toda Palmas. Queremos nos colocar como fieis depositários destas belezas e temos a obrigação de bem cuidar na medida em que delas temos o privilégio de usufruir”, declara o jornalista Ruy Bucar, também integrante do momento que acredita que só um movimento popular envolvendo toda a cidade pode reverter o processo violento de degradação da região.
O Galpão da Paróquia Bom Jesus da Serra, fica no Km 11, da Rodovia TO-020 que liga Palmas a Aparecida do Rio Negro.