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Meio Ambiente

Com investimentos na recuperação das bacias hidrográficas, no combate às queimadas e na elaboração do Plano Estadual de Florestas, o Tocantins vem se lançando como um Estado que mantém a atenção voltada para o meio ambiente. A partir de projetos como o de revitalização de Ipucas degradadas e o de construção de Barraginhas, o Estado trabalha na recuperação de matas ciliares, ao mesmo tempo em que garante a sobrevida de pequenos rios e córregos durante o período de estiagem. Ao todo, somente em 2013, o Tocantins aplicou cerca de R$ 8,3 milhões em ações voltadas para a preservação do meio ambiente.

De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alan Barbiero, mesmo a um baixo custo, os projetos desenvolvidos durante o ano de 2013 foram de grande impacto para os diversos ecossistemas que compõem a fauna e a flora tocantinense. “A gente faz a um custo muito baixo, através das barraginhas (pequenas represas em córregos e rios de pequeno porte), é possível evitar as erosões e garantir o abastecimento de água para a população. É um projeto simples, barato e de grane impacto”, completou.

Além das barraginhas, a Semades vem desenvolvendo trabalho de recuperação das matas ciliares, através de ações voltadas para o replantio de árvores típicas do cerrado nas regiões de ipucas, que são pequenos fragmentos de floresta natural, alagadas sazonalmente. Com o plantio de mais de 10 mil mudas de árvores como o Landi, Canjerana, Carvoeiro, Jequitibá, Caraíba e Jacarandá, municípios como Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Pium, vêm sendo beneficiados.

De acordo com a Semades, as ipucas são áreas de preservação garantida pelo governo do Estado, por meio de portaria do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). O Projeto de Revitalização das ipucas, financiado pelo Ministério do Meio Ambiente desde 2011, no valor de R$ 300mil, inclui a realização de seminários junto aos proprietários de terras e comunidades locais, manutenção de viveiro, plantio e monitoramento das áreas de ipucas selecionadas. Apesar de não haver registros oficiais, estima-se que na região haja a ocorrência de mais de 500 ipucas.

Já no fim deste ano, o governo do Estado homologou R$ 1,5 milhão para fomento de projetos de pesquisa com foco em recursos hídricos. O recurso é oriundo do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Ferh), gerido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Outras 20 ações estão sendo desenvolvidas para preservação, promoção e sustentabilidade das águas do Tocantins. Entre os principais projetos estão os programas de Educação Ambiental, o convênio firmado com uma empresa espanhola para fortalecimento dos Comitês de Bacias, o projeto Nascente Viva e o projeto Barraginhas, que vai garantir água aos produtores da região sudeste no período da estiagem.

Queimadas

Um problema que chegou a ganhar grandes proporções no Tocantins, às queimadas durante o período de estiagem, vem sendo controladas nos últimos anos e acabaram sendo reduzidas. Ações como a contratação e capacitação de brigadistas, junto à Defesa Civil, além da aquisição de equipamentos de combate aos incêndios rurais e de maior arrocho na fiscalização de queimadas, vem surtindo efeitos positivos, apesar de ainda ter trabalho a ser feito.

Segundo informações da Secretaria do Meio Ambiente, foram investidos mais de R$ 1,2 milhão na compra de veículos e equipamentos de combate aos focos de queimadas e para a contratação de brigadistas e técnicos. “Nós estamos trabalhando em diversas frentes para beneficiar o ambiente e a população”, frisou Barbiero.

Política de Meio Ambiente

Reformulando a Política Estadual de Florestas, o Tocantins tem debatido o crescimento de uma importante atividade para a preservação ambiental: a silvicultura. De acordo com estudo da Semades, o Estado tem condições de cultivar 550 mil ha de florestas plantadas. Na elaboração do Plano Estadual de Florestas e na reformulação da Política Estadual de Florestas, o Governo do Estado está investindo cerca de R$ 1,3 milhão, conforme dados da Secretaria do Meio Ambiente.

Monaf

Importante resquício da pré-história tocantinense, o Monumento das Árvores Fossilizadas, no município de Filadélfia abriga árvores petrificadas que datam de milhões de anos. Lá, estão sendo construídas estruturas para melhor abrigar pesquisadores e turistas interessados na História contida nos fósseis depositados no local, com investimento de R$ 900 mil em obras.

“Pesquisadores do Brasil e de fora mostraram que ali tem plantas que não são do ambiente de savana ou cerrado, mas sim do mar. Temos que preservar isso. Não podemos deixar que um patrimônio como esse seja perdido”, alertou o secretário do Meio Ambiente. ( ATN)