Com o objetivo fornecer orientações aos profissionais envolvidos na área de saúde, a Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Tocantins (Sesau), através da Área Técnica das Meningites em parceria com o Laboratório Central (Lacen), Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Ministério da Saúde, realiza uma capacitação em Punção Lombar (Diagnóstico para Meningites) para os médicos dos Hospitais de Referência e que atuam na rede municipal dos serviços de saúde. O evento acontece nesta segunda e terça-feira, 24 e 25, na Universidade Federal do Tocantins (UFT) - Auditório do Bloco – 03 - Campos Universitário de Palmas.
Na capacitação estão sendo enfocados o manejo da meningite, o fluxo dos exames e a coleta do líquor cefalorraquidiano, LCR, com aulas práticas em manequim especializados.
No Estado do Tocantins não foi identificado nenhum surto de meningite nos últimos 3 anos, sendo que no período de inverno a incidência maior são as meningites bacterianas e no verão as meningites virais. De acordo com a área técnica, os dados epidemiológicos nos 3 anos foram: - 2010- 61 casos e 7 óbitos; - 2011 – 63 casos e 13 óbitos; - 2012 – 71 casos e 7 óbitos.
O termo meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro. Essa doença pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos (ex.: traumatismo).
As meningites de origem infecciosas, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos.
Os sintomas principais da meningite são: febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômitos em jato, náuseas, rigidez de nuca, falta de apetite, dores musculares e agitação física e mental. Também podem surgir manchas vermelhas na pele.
Em crianças menores de um ano, os sintomas mais comuns, são: fontanela (moleira) abaulada ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo, rigidez corporal com ou sem convulsões.
Transmissão
A transmissão é por contato pessoa a pessoa, por via respiratória, através de gotículas e secreção do nariz e garganta. Na suspeita, o paciente deve ser imediatamente notificado/investigado e encaminhado para uma avaliação médica e, após a avaliação (caso seja confirmada a suspeita diagnóstica), deverá ser hospitalizado para que sejam realizados os exames específicos para a confirmação do caso. (Ascom Sesau)