Com o suporte das empresas alemãs Zebris/RSS, o Governo do Tocantins fará avaliação, a partir de imagens de satélite e de sensores remotos, da cobertura vegetal da região do Jalapão. Com as informações será possível identificar tanto os estoques de carbono da região como a quantidade de biomassa (matéria orgânica) queimada.
Segundo o gerente de Projetos da Zebris, Gernot Rücker, com os dados será possível obter mais precisão no cálculo de emissões de gases de efeito estufa (GEE). “Através das imagens do sensor Modis, podemos fazer um cálculo mais eficiente das emissões de gases-estufa, levando também em consideração a energia radioativa que é liberada durante a queima”, destaca.
O engenheiro ambiental Rubens Brito, diretor de Meio Ambiente da Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semades), deve ser escolhida uma área piloto na região do Jalapão para iniciar os testes com as imagens de satélite e sensores. “Nessa área vai ser possível observar o funcionamento desses instrumentos em campo e saber se eles são adequados para o cerrado tocantinense. Essa é uma etapa fundamental para sabermos o resultado da aplicação dessa tecnologia dentro do nosso estado”, observa. Efeito
Pesquisa no TO
A Universidade Federal do Tocantins (UFT), através do Grupo de Pesquisas em Ciências Florestais, também vem trabalhando no monitoramento de queimadas e incêndios florestais no Estado. O trabalho é feito por meio de técnicas de processamento de imagens obtidas a partir do satélite Landsat.
De acordo com o engenheiro florestal Marcos Giongo, coordenador do Grupo, o objetivo é gerar um histórico dos incêndios ocorridos no Tocantins no período de 2000 a 2013. “Pesquisamos biomassa, quantidade de material combustível e comportamento do fogo em relação à tipologia vegetal. O que precisamos agora é integrar todas essas dimensões para poder gerar um diagnóstico mais completo e tornar esse conteúdo de domínio público”, ressalta. (Ascom/Semades)