Afirmou o gestor ambiental, Carlos Alberto Serradella, durante sua palestra sobre mercado e manejo no Dia de Campo do programa Eco Seringueira. “Aqui é o lugar para plantar seringa. A produtividade por planta é maior do que nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná devido às condições climáticas e solo apto. O que precisa é que o plantio das mudas e o manejo sejam feitos corretamente”, disse Carlos. O evento, promovido pela Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), ocorreu durante toda a sexta-feira, dia 25, na Fazenda Brejinho, no município de Pedro Afonso, a 304 km de Palmas. Mais de 250 pessoas da região participaram, aumentando o conhecimento sobre a heveicultura.
O secretário da agricultura e pecuária, Júnior Marzola, anunciou durante o evento que a região de Pedro Afonso será um Polo do Programa Eco Seringueira. Isso significa que a região, que envolve ainda outros dez municípios próximos, receberá ações do Governo Estadual para o desenvolvimento e consolidação da atividade. Marzola também elogiou a Fazenda Brejinho, como um dos melhores projetos agropecuários no Estado por conta da integração lavoura, pecuária e floresta.
Um dos proprietários da fazenda, Ronaldo Maranhão de Sá comentou as características de uma proposta moderna que levaram ao elogio do secretário. “São 2.490 hectares na propriedade, e 30 funcionários que trabalham nos 1.200 hectares de soja, 700 hectares de milho, e 140 hectares de seringa, que já está iniciando a sangria”, explicou.
O formando do curso técnico de açúcar e álcool Jardel de Sousa ficou satisfeito com a programação e já visa o mercado de trabalho na própria região. “Descobrimos na seringueira uma nova possibilidade de diversificar as atividades rurais de uma forma rentável, sustentável e que ainda pode ser consorciada com outras culturas agrícolas. Veio para ficar. Atende o grande, o médio e o pequeno produtor rural”, disse o estudante que foi um dos 150 estudantes do Colégio Estadual Agrícola Dr. José de Souza Porto, localizado em Pedro Afonso, que participaram do Dia de Campo.
Cultura
Entre as vantagens da seringueira estão a alta rentabilidade por um período de 40 anos, o que pode garantir a renda do produtor até a terceira idade. Além disso, o plantio de florestas contribui para o Tocantins atingir suas metas para redução da emissão de gases do efeito estufa no Plano da Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC). O látex tem mercado garantido, onde produtores fazem a extração e as empresas vão até o local buscar o material. Cada hectare plantado com as árvores podem render por mês R$ 1.500, ao heveicultor.
Acesso ao crédito
Para consolidar a cultura na região, aumentar a geração e distribuição de renda, o Banco da Amazônia (Basa) é um dos agentes financeiros que disponibilizará as linhas de crédito para o investimento. O engenheiro agrônomo do Basa, Ávila dos Santos, explicou a opção para quem é agricultor familiar. “O pequeno produtor pode ter acesso ao crédito através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Para isso, deve obter a declaração de aptidão ao Pronaf junto ao Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) ou sindicatos do segmento para comprovar sua condição. Temos linhas de crédito pelo Pronaf entre R$ 18 mil e R$ 35 mil, com 1% de juros, além de carência de sete anos e mais dez anos para pagamento da dívida”, comentou. ( Ascom/Seagro)