A Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc) deu início nesta segunda-feira, 26, ao curso de formação continuada sobre Altas Habilidades/Superdotação. A capacitação conta com a participação de educadores de todo o estado e segue até o próximo dia 30, com o objetivo de discutir formas de identificar alunos com altas habilidades e como melhor atendê-los no ambiente escolar.
Na abertura do encontro, a secretária da Educação e Cultura, Adriana Aguiar, frisou a importância da capacitação para ampliar o conhecimento sobre o assunto. “O papel do educador vai muito além do contato com o aluno com altas habilidades, ele terá que mostrar a colegas e à família que aquele aluno precisa estar inserido de fato numa educação inclusiva e esta deve acontecer com planejamento para atender melhor a esses estudantes”, ressaltou.
Para a técnica da Diretoria Regional de Gestão e Formação (DRGF) de Araguaína, Eveline Neves Santos, a formação é necessária e vai contribuir para melhorar o trabalho realizado em sala de aula. “Temos poucos alunos identificados, um deles reside em Ananás, mas com a capacitação teremos mais conhecimento para formar nossa rede de atividades e poderemos ter parcerias com a universidade”, afirmou.
A educadora Maria de Fátima Marques, técnica da Diretoria Regional de Gestão e Formação (DRGF) de Miracema, já trabalha com dois alunos identificados com altas habilidades. Segundo ela, cada um dos alunos recebe atenção especial na sala de aula e no convívio com a família. “Tenho 10 anos de profissão dedicados à educação inclusiva, é uma área que gosto de trabalhar, temos muitos desafios, mas é isso que nos motiva a buscar parceiros e realizar o melhor trabalho”, disse.
Participam da capacitação 55 pessoas, entre representantes das 13 Diretorias Regionais de Gestão e Formação, professores de salas multifuncionais e técnicos da Secretaria da Educação e Cultura.
Estudos sobre altas habilidades
De acordo com a educadora Susana Pérez Barrera Pérez, palestrante do curso, o primeiro passo é ter esclarecimento sobre a identificação das crianças com altas habilidades e como ajudar esses alunos corretamente. “Na maioria das vezes esses estudantes têm uma capacidade de assimilar o conteúdo acima da média dos outros colegas e, por isso, ficam desinteressados pela escola”, alertou Susana, frisando que cerca de 5% dos alunos brasileiros matriculados na educação básica tem altas habilidades. No Tocantins, há 43 estudantes identificados.
Conforme os estudos feitos pela palestrante, que é presidente do Conselho Brasileiro para a Superdotação e mãe de dois filhos com altas habilidades, uma pessoa com altas habilidades tem três características marcantes: capacidade acima da média em uma ou mais áreas específicas; capacidade de envolver-se demasiadamente com uma área; e possui elevado potencial para realizar coisas novas e criativas na área em que tem capacidade acima do comum.
Programação
Nesta terça-feira, 27, o encontro segue com o debate sobre os mitos e crenças em relação às altas habilidades e superdotação. No período da tarde, a abordagem será sobre as políticas públicas e legislação.
Na quarta-feira, 28, os estudos serão sobre os procedimentos de identificação das altas habilidades e superdotação no contexto escolar.
Na quinta-feira, 29, a abordagem será sobre a caracterização da pessoa com altas habilidades e superdotação; e estratégias de atendimento educacional especializado.
Na sexta-feira, 30, os educadores irão discutir estratégias de atendimento educacional especializado.
O encontro é realizado no Hotel Turim, das 08 às 18h. (Ascom Seduc)