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Ilhas e ilhotas marcam o cenário do Tropeço, terceiro maior arquipélago fluvial do mundo

Ilhas e ilhotas marcam o cenário do Tropeço, terceiro maior arquipélago fluvial do mundo Foto: Aldemar Ribeiro

Foto: Aldemar Ribeiro Ilhas e ilhotas marcam o cenário do Tropeço, terceiro maior arquipélago fluvial do mundo Ilhas e ilhotas marcam o cenário do Tropeço, terceiro maior arquipélago fluvial do mundo

O município de Peixe do Tocantins, localizado na região sul do Tocantins, foi abençoado pela natureza. Além da Ecopraia da Tartaruga, uma das mais conhecidas do Estado, na região também se encontra o terceiro maior arquipélago fluvial do mundo, o Tropeço. Com 366 ilhas e ilhotas, o Tropeço fica atrás apenas do arquipélago de Mamiruá, em Barcelos (AM), formado por 700 ilhas e do de Anavilhanas, situados no mesmo estado, nos municípios de Novo Airão e Manaus, com cerca de 400 ilhas.

O Arquipélago do Tropeço, no Rio Tocantins, é marcado pela presença de centenas de espécies de pássaros e plantas, uma beleza exuberante que se perde de vista e encanta os olhos de quem tem a oportunidade de visitar e navegar pelas águas multicolores que variam entre as tonalidades de verde e azul. Um cenário que ao longo do ano atrai cerca de 50 mil visitantes, que percorrem um trajeto de 5 km (caso saia do Porto) e 10 km (caso saia do píer da ecopraia da Tartaruga) e segue pelo rio.

Ao mesmo tempo em que encanta, o passeio desafia o espírito aventureiro do turista.  O salto da água sobre pedras formam corredeiras e remansos que oferecem perigo a quem não souber se guiar entre os canais convencionados à navegação, o que exige do turista o acompanhamento de um barqueiro profissional, que conheça bem o trajeto.  Em segurança, o navegante mergulha em um mundo de encanto e paz.

Segundo o barqueiro José Maria Pinto Américo, já são 25 anos navegando ás águas do Rio Tocantins, e quem optar pelo passeio vai se encantar com a paisagem. “A prática de muitos anos me fez conhecer cada trecho do Tropeço, e o único conselho que eu dou para quem vier fazer uma visita aqui é que vá acompanhado por um barqueiro que tenha experiência”, disse.

O palmense Fernando Gontijo conta que apesar da distância da capital até o município de Peixe, ele visita o Tropeço ao menos duas vezes por mês. “Aqui é um paraíso, um lugar onde você vem com prazer. É o maior privilégio esta aqui, lugar único, maravilhoso, com fotografia espetacular. Me faltam palavras para definir tudo isso”, disse.

As ilhas e ilhotas que formam o arquipélago de Tropeço possuem formas e tamanhos variados, em posições que fazem o rio correr em saltos sobre as pedras. O Tropeço, como é conhecido o lugar, é uma referencia a esse movimento das águas.  O turista ao fazer a visita também pode montar acampamento ou se divertir com a pesca esportiva.

Serviço

O passeio de barco pelo Tropeço varia de R$ 200 a R$ 250 e pode ser feito por 4 a 6 turistas acompanhados por um barqueiro profissional. Ao longo de todo o ano, barqueiros se encontram as margens do rio, no píer de acesso a ecopraia da Tartaruga para prestar o serviço.

Saiba mais

A centenária Peixe passou a ter autonomia política em 20 de junho de 1895, mas longe da história oficial a imaginação da população local dar conta da origem do nome do município. O biólogo Luis de Franca Monteiro de Oliveira França Filho mora há 20 anos no município e conta o que aprendeu desde que chegou à região.

De acordo com ele, a história do nome remete a época em que o município era apenas um povoado, quando uma grande enchente fez com que as águas do Rio Tocantins fossem despejadas numa grande lagoa e depois, com a baixa da água, apareceu um peixe de tamanho nunca visto. “Dava até para as mulheres lavarem roupa na cabeça do peixe, que depois morreu”, contou.  

Depois do acontecimento, a história se espalhou e quem passava pela região queria conhecer a tal lagoa, “assim, aqui ficou conhecido como Lagoa do Peixe e depois só Peixe”, finalizou. (ATN)