Em reunião realizada na última segunda-feira, 04, no Hospital Geral de Palmas (HGP), a Promotora de Justiça Ceres Gonzaga de Rezende Caminha se reuniu com médicos, representantes da Secretaria Estadual de Saúde e Conselho Regional de Medicina para discutir os motivos das sucessivas denúncias de adiamento de procedimentos cirúrgicos no principal hospital do Estado.
No encontro, os médicos especialistas das áreas de ortopedia, cardiologia, neurologia, cirurgia vascular, entre outros, relataram a recorrente falta de equipamentos e materiais para realização das cirurgias. Neurocirurgiões contam que faltam materiais básicos, além de medicamentos para serem utilizados após os procedimentos.
O médico responsável pelo setor da Ortopedia informou que, hoje, há aproximadamente 60 pacientes internados, sendo que 10 aguardam cirurgia por falta de material.
Ainda segundo o corpo médico, as cirurgias são realizadas de acordo com a disponibilidade do material, nem sempre sendo atendido o paciente com o quadro clinico mais grave, mas outro, cujo material para cirurgia está disponível.
A equipe da Neurocirurgia frisou que, muitas vezes, deixa de fazer cirurgias por ausência de material. Ele também relata que faltam medicamentos para recuperação do paciente após a cirurgia, inclusive antibióticos, e que a reposição de material é insuficiente. Também relatou o caso de uma paciente que ficou cerca de 60 dias internada aguardando cirurgia por falta de material.
A Promotora de Justiça solicitou uma lista com os materiais mais urgentes de cada especialidade, para regularizar a rotina de cirurgias. “Ficou acertado que a equipe da Sesau vai buscar uma solução imediata para a atual situação. Também vamos cobrar do Secretário de Estado da Saúde a regularização no fornecimento dos materiais, para solucionar o quadro crítico em que se encontra o HGP”, relatou Ceres Gonzaga.(Ascom MPE)