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Meio Ambiente

Foto: Aldemar Ribeiro Ipucas ficam alagadas por um período longo, de seis a 10 meses por ano Ipucas ficam alagadas por um período longo, de seis a 10 meses por ano
  • Segundo a coordenadora do projeto, Poliana Ribeiro, as Ipucas desempenham a função de equilibrar o regime hídrico (Foto - Elson Caldas)

O Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semades), continua a implementação do projeto Revitalização de Ipucas na Planície do Araguaia no Estado do Tocantins. O projeto constitui em recuperar áreas degradadas dentro de propriedades privadas, mediante assinatura de termo de compromisso. As chamadas Ipucas são florestas alagáveis como pequenas ilhas, arredondadas ou alongadas, que abrigam espécies vegetais típicas da Floresta Amazônica em pleno Bioma Cerrado.

Segundo a coordenadora do projeto, Poliana Ribeiro, as Ipucas desempenham a função de equilibrar o regime hídrico na região, abastecendo o lençol freático e intercalando lagos e rios. Trata-se de áreas de flora e fauna muito ricas, já que abrigam animais e espécies de árvores nobres, como landis, cangiranas e carvoeiros. Destaca-se que as Ipucas ficam alagadas por um período longo, de seis a 10 meses por ano.

De acordo com a coordenadora, o projeto começou em 2011, com uma parceria entre o Governo do Estado e o Ministério do Meio Ambiente e já passou por diversas fases. “A primeira fase do projeto foi a de levar informação através de reuniões, palestras e seminários a autoridades, moradores e produtores rurais da região do Médio Araguaia. Após isso, houve a assinatura de termo de compromisso onde os proprietários de áreas com Ipuca autorizavam a recuperação da área. Para isso, a Semades entrou com toda a parte de insumos, mudas e mão de obra, e os produtores rurais com a responsabilidade de limpar e não permitir que o fogo entre nessas áreas”, explicou Poliana.

Com o projeto, foram cultivadas 10 mil mudas de espécies nativas, que foram plantadas em outubro de 2013 em oito propriedades que aderiram ao projeto. Ao todo, foram 10 Ipucas que receberam mudas, pois algumas dessas propriedades tinham mais de uma Ipuca para ser recuperada. “Este ano é o mais importante do projeto, pois estaremos monitorando essas áreas para concluir que o projeto deu certo”, enfatizou a coordenadora.

Para este ano, a secretaria conseguiu um aditamento de recursos para monitorar as áreas em recuperação e, com isso, assinou um contrato de aproximadamente R$ 30 mil para realização das atividades de produção, manutenção das mudas do viveiro e reposição, monitoramento e manejo destas mudas. (ATN)