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Cultura

Foto: Divulgação

Patrocinado pela Fundação Cultural de Palmas, através do Programa Municipal de Incentivo à Cultura – Promic 2013, “Ninguém matou Suhura” é uma obra que dialoga com a literatura moçambicana da escrita Lília Momplé. O resultado apresentado é fruto do trabalho desenvolvido desde 2012 pelo diretor paulista Juliano Casimiro dentro da Universidade Federal do Tocantins, por meio do curso de extensão “Corpo, Narrativa e Significação - diálogos entre a criação corpo/vocal e o desenvolvimento humano” e conta com bolsistas da própria universidade, alunos, integrantes da comunidade e as servidoras da Secretaria Estadual de Educação e Cultura que participam do curso por meio de uma parceria e poio entre a UFT  e Seduc.

Depois da primeira temporada do espetáculo Suhura, que aconteceu em maio e junho, o espetáculo seguirá em turnê por todos os Campus da UFT iniciando em Arraias em 30 e 31 de agosto e segue para Tocantinópolis, Miracema, Rio Sono, Araguaína, Porto Nacional dia 07 dezembro em Gurupi respectivamente.

 Sinopse

Ninguém matou Suhura,primeira parte da trilogia cênica Identidade Tocantinense, é uma composição poética cênica livremente inspirada na obra homônima da escritora moçambicana Lília Momplé.Em cinco contos, a autora empreende um projeto ficcional que explicita certa memória social africana das relações de dominação sofridas frente à Portugal, que estão igualmente no cerne da cultura brasileira. Nesta direção, o espetáculo constrói-se como um nexo de sentido imagético-sonoro-poético que desliza pelas violências e arbitrariedades do colonialismo português, aproximando a história de Moçambique da brasileira. Longe de pretender narrar uma história (fábula), o espetáculo propicia entre atores e fruidores uma experiência estética de encontro com imagens e sonoridades emergidas na crueza da violência e da melancolia histórica que fazem parte da origem da nossa identidade.

Sobre a obra

A partir da perspectiva da Composição Poética Cênica, Ninguém matou Suhura é uma produção de cunho intimista, pensada para espaços não edificados para fins teatrais, ainda que mantenha em sua estrutura a frontalidade da relação palco-plateia. Organizada sobre a primazia da imagem corporal e acústica, a encenação se constrói de dentro da própria cena: a totalidade da sonoridade do espetáculo é realizada pelos próprios atores, prioritariamente em coro, e em ato, bem como a dramaturgia da iluminação e a manipulação dos figurinos. A cenografia do espetáculo se constrói paulatinamente dentro da própria cena, com a utilização de corpos, água e terra. A iluminação transita entre a luz quente e dispersa do fogo e a luz fria e pontual de lanternas. O mesmo figurino recebe tratos diversos para diferenciar dominados de dominadores, sem com isso adentrar o universo da personagem. Em resumo, Ninguém matou Suhura é uma iniciativa estética de trânsito entre a atualidade e a virtualidade da ação corpo/sonora no contexto de relações de dominação e submissão, muitas das vezes, consentida.

Ficha técnica

Diretor geral: Juliano Casimiro de Camargo Sampaio
Diretor musical: Heitor Oliveria
Figurino: Kelly Barros da Silva

Assessoria de imprensa: CleudaMilhomem

Produção: Kelcy Marcela Emerich e Marina Kamei
Elenco: Amanda Diniz Gonçalves, CleudaMilhomem,Diego Santos, Dayhan Lopes, Filipe Porto, Kelcy Marcela Emerich, Kelly Barros da Silva,  Luciana Pegoraro, Marina Kamei, Roni Bianchi, Roseli Bitzcof, Sílvia Gonçalves de Lima Soares,  Wellison Dourado,

Apoio: Darcilene Coelho, Ana Paola, Vicente Elias