Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Cultura

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Casas de teatro inativas, equipamentos culturais deteriorados e falta de investimentos para reforma de espaços públicos. Essa é a realidade atual na cultura tocantinense, sofrida também em diversos estados brasileiros. A comprovação foi feita no último final de semana, na cidade de Florianópolis (SC), durante a realização do II Congresso Brasileiro de Teatro (CBT).

A proposta de mais investimento no campo da infraestrutura para a cultura local foi a apresentada no Congresso pela comitiva tocantinense, formada pelos atores Nival Correia (Spatium Arte e Cultura), Kaká Nogueira (Cia Cenaberta), Magna Silvia, Leidiane Martins e Cinthia Abreu (A Barraca), e acatada na pauta de propostas por ser realidade em diversos estados da federação.

Presidente da Federação de Teatro do Estado do Tocantins (Fetet), o ator Nival Correia foi escolhido como secretário no congresso. “Consegui enviar e aprovar a proposta de construção ou adaptação de equipamentos culturais nas escolas para o desenvolvimento pedagógico do aluno”, descreve.

Outro ponto apresentado pela comitiva do Tocantins foi a descentralização de fomento na região Sudeste e capitais brasileiras para que o interior do País também possa usufruir melhor do fazer teatral, com a formação de novos grupos e de plateias. A região Norte do País foi representada pela delegação do Tocantins e do Amapá.

Os eixos temáticos discutidos no II Congresso Brasileiro de Teatro foram Infraestrutura e recursos humanos para teatro; Sistemas de financiamento; Redes de produção e circulação; Formação para o teatro; Legislação, direito e formas associativas de artistas e produtores; Comunicação, plataformas, meios e estratégias. O documento final com todas as propostas e moções está disponível no link – http://cbt2014.wordpress.com.

A realização do III CBT se dará no Estado de Goiás, no ano de 2015. A proposta retirada no coletivo caminha para a realização anual do Congresso. Um dos encaminhamentos decididos foi a criação de uma plataforma de comunicação a partir dos dados recolhidos no II CBT. Tal plataforma permitirá que os  profissionais do setor teatral possam  cadastrar seus dados e mantê-los atualizados, alimentando a organização de congressos futuros.

Congresso

Além de delegados de dez estados do País, o evento contou com representantes do Ministério da Cultura, da Fundação Nacional de Artes (Funarte), do Conselho Nacional de Gestores Municipais, de cooperativas, associações, federações teatrais e outras entidades.

O objetivo é discutir e refletir sobre as políticas públicas culturais executadas pelas instâncias públicas e privadas, sob o tema “Modos de Organização e Sustentabilidade no Teatro”.

O congresso é uma realização da Federação Catarinense de Teatro (Fecate) em parceria com o Fórum Setorial Permanente de Artes Cênicas. O evento conta ainda com o apoio do Sesc-SC, da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) e da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).