O Tocantins tem aumentado a sua produção de milho a cada safra, principalmente com o milho safrinha. Até a última safra 12/13, o Estado consumiu internamente grande parte da sua produção e outra parcela foi vendida principalmente para estados do Nordeste. Mas nesta safra 13/14, surgiu uma nova situação no Tocantins, que foi o excedente de produção. O Estado produziu 52% a mais do que tinha produzido na safra passada.
Segundo o superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab/TO), Jalbas Aires Manduca, no ano passado o Tocantins ainda chegou a comprar milho principalmente do Mato Grosso para complementar o seu abastecimento, mas este ano a safra passou de 448 mil toneladas para 683 mil toneladas de milho. “O fato gerou uma produção maior do que o consumo interno e com isso houve a necessidade de escoar o excedente, promovendo uma recuperação do preço”, explicou.
No mês de setembro, o Governo Federal realizou o primeiro leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pedro), a fim de equilibrar o preço e facilitar esse escoamento. “A saca de 60 Kg está variando entre R$ 18,00 a R$ 18,50, enquanto que o preço mínimo indicado pelo Governo Federal é de R$ 21,60 por saca de 60 kg. Com o leilão de Pedro, o governo concedeu uma subvenção econômica no valor da diferença para dar suporte garantindo o preço mínimo e o nível de renda dos produtores rurais”, disse Manduca.
Este primeiro Pedro do Tocantins era para 50 mil toneladas de milho, mas somente seis mil toneladas foram adquiridas. Segundo o entendimento da Conab o interesse foi baixo tendo em vista que os produtores de milho do Tocantins ainda não conhecem esses instrumentos de venda. “Os produtores de milho e as cooperativas precisam estar preparados para a próxima safra. Não apenas para esse tipo de leilão, mas também para a venda direta realizada pela Política de Garantia de Preços Mínimos, para isso precisam ter os armazéns certificados e cadastrados pela Conab”, informou o superintendente da Conab.
Para o secretário da Agricultura e Pecuária do Tocantins, Ruiter Padua, que solicitou a introdução do Pedro no Estado, “o que se torna mais estimulante nesse processo é que os produtores e todos os envolvidos na produção de milho do Estado possam ter a segurança de mercado, garantindo a manutenção e a ampliação nas próximas safras”.
Pedro
É uma subvenção econômica concedida ao produtor rural e/ou sua cooperativa que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o Preço Mínimo estabelecido pelo Governo Federal e o valor do Prêmio Equalizador arrematado em leilão, obedecida a legislação do ICMS vigente em cada Estado da Federação e escoá-lo nas condições e abrangências previstas no Aviso específico. (Ascom Seagro)