Com o objetivo de assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada durante a gravidez, o Governo do Estado incentiva o parto natural, por ser mais seguro para a mãe e o bebê. O parto cesariano é reservado apenas para as situações em que existe recomendação médica.
Com a implementação da Portaria Ministerial nº 1459, de 24 de junho de 2011, que instituiu a Rede Cegonha, os 139 municípios e 14 maternidades tocantinenses começaram a trabalhar para incentivar o parto natural. A expectativa é diminuir cada vez mais o número de cesáreas. Em 2014, de acordo com os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), dos 19.759 partos realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS), 54% foram naturais, saindo à frente da média nacional.
Há cinco anos, o Brasil cruzou a linha dos 50% de partos por cesárea. Para diminuir o índice desse tipo de parto, o Ministério da Saúde e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicaram neste mês resolução que estabelece normas para estímulo do parto normal e a consequente redução de cesarianas desnecessárias na saúde suplementar.
Em Palmas, o Hospital e Maternidade Dona Regina é referência para todo o Estado em parto humanizado. Cerca de 500 crianças nascem por mês na unidade, 40% são cesarianas. De acordo com o diretor técnico do hospital, Fábio Moraes, para diminuir cada vez mais esse índice está sendo realizado um trabalho de conscientização junto às pacientes. “O serviço de assistência horizontal é um serviço que tem ajudado a diminuir esse índice, mas temos um aumento no número de partos”, apontou.
Parto natural
Conformes explicou Moraes, nos casos em que se indica o parto normal, a paciente tem muitas vantagens. “A mulher vai ter uma recuperação mais rápida, a chance de desconforto respiratório para o bebê é menor, a chance de infecção para mãe e filho também diminuem. A recuperação clinica, cirúrgica, o uso de medicamentos também é menor”, explicou.
A dona de casa Luíza Divina, deu à luz ao seu quarto filho recentemente. Ela já fez uma cesariana, mas destaca que prefere o parto natural. “Já tive cesariano, mas depois estourou os pontos, a gente tem que esperar muito tempo de resguardo. No parto natural, a dor é só na hora e a recuperação é mais rápida”, ressaltou.
Já a estudante de Serviço Social, Marcilene Pereira de Melo, optou pelo parto natural para ter seu primeiro filho. “Como não moro com minha mãe, é mais difícil fazer o parto cesariano. Exige mais cuidado é mais demorado para se recuperar. As pessoas falam bem do parto natural e todo mundo indica, por isso optei pelo parto natural”, apontou. (Secom-TO)