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Estado

Foto: Divulgação

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A semana começa com a expectativa de greve por parte da Polícia Civil do Estado o que pode afetar os serviços nas unidades prisionais bem como nas delegacias. O Sindicato da Polícia Civil encabeça a mobilização que envolve mais de dois mil policiais que já atuam apenas no que prevê a lei sem regime de horas extras.

O governo vai se reunir com os representantes da categoria nesta terça-feira, 24, e do encontro pode sair um acordo e uma proposta para acalmar os ânimos. A Comissão de análise de pessoal, formada pelo governador Marcelo Miranda, alega dificuldades financeiras e falta de dotação orçamentária para pagar o benefício concedido pelo ex-governador Sandoval Cardoso (SD).

Na semana passada a categoria aprovou indicativo de greve para começar já na quarta-feira, 25, caso a posição do governo não agrade o Sindicato. 

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual (Sindifiscal) também deliberou pelo estado de greve e convocação de assembleia permanente e também aguardam reunião já marcada com o governo para esta semana. O governo vai reunir separadamente os principais sindicatos que foram atingidos pela suspensão de alguns benefícios concedidos, segundo o governo irregularmente pela gestão passada como as promoções de militares também.

Em entrevista ao Conexão Tocantins nesta segunda-feira, 23, o procurador Geral do Estado, Sergio do Vale, afirmou que o governo vai tentar evitar greve de todas as maneiras. “Vamos tentar de todas as formas evitar, tentar convencer que a situação não esta confortável. Não estamos negando direitos estamos impossibilitados de cumprir em razão do que a legislação permite”, esclareceu.

Vale informou que o Estado tem até o dia 12 de março para ingressar com as Ações Diretas de Inconstitucionalidade – ADI’s com relação aos benefícios anulados. O procurador deixou claro ainda que os servidores do Fisco e da Procuradoria Geral do Estado, também beneficiados com promoções, não tiveram implementação financeira no benefício concedido pela gestão passada. “As promoções do fisco e da procuradoria não tiveram implemento. Temos que achar um ponto comum para categorias anteriores aos 180 dias como a Educação, Fisco, Polícia Civil, Militar e Procuradoria. Não adianta solucionar o direito de apenas uma categoria”, frisou.

Peritos

O Sindicato de Peritos Oficiais do Estado do Tocantins (Sindiperito), entidade representativa dos peritos criminais e peritos médicos legistas do Estado do Tocantins, informou seu posicionamento frente a greve dos Policiais Civis, afirmando que os Peritos Oficiais não aderem a greve, e continuam exercendo seu trabalho normalmente.

“A nota emitida pelo Sinpol e divulgada pela imprensa, a qual afirma que a decisão da greve abrange a categoria dos Peritos Oficiais, está equivocada e não responde pela nossa categoria. Sabemos das reais necessidades, mas acreditamos em uma negociação justa pelo governo, que realmente inclua todas as categorias da Polícia Civil. Este é o posicionamento dos peritos oficiais do Estado do Tocantins”, se manifestou o Sindicato.