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Cultura

Foto: Thalita Rodrigues e Danilo Leal

O espetáculo de dança Mundo ao Redor, com Adriana Carneiro, faz temporada em fevereiro na Capital. O solo trabalha a aceitação do corpo como parte integrante de um sistema que abriga pessoas, corpos, coisas e vem fazendo turnê nacional através do Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna de 2013, com o qual foi contemplado. O espetáculo fica em cartaz, no Sesc Palmas, localizado na quadra 502 Norte Av. LO 16, Lotes 21 - 26 Plano Diretor Norte, amanhã (26) com duas apresentações, uma às 16h para o público infantil de 6 a 8 anos de idade, e outra às 20h para o público em geral. A entrada é gratuita e os ingressos ficam disponíveis, no local, a partir das 14h30.

Mundo ao redor é construído com fusão de linguagens que envolvem fluxos de movimentos, palavras, projeção e interação de imagens. Adriana Carneiro, idealizadora, intérprete e coreógrafa do espetáculo, trabalha em um tom intimista as expressões corporais. “Nós trazemos imagens do cotidiano, em Recife, como mote para pensar o corpo transeunte, o corpo a corpo, o corpo sistema, o sistema que agrega corpos e se move em uma constante leva, às vezes circular, às vezes linear e, assim, cria a dança do indivíduo”, explicou. 

O solo Mundo ao Redor circulou pelas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste do Brasil. Após Palmas, seguirá para Anápolis, Goiás, onde cumprirá temporada, também, em parceria com o SESC-GO.

Mundo ao Redor – foi concebido em 2011 com uma ideia base na Teoria de Unwelt – palavra alemã que significa ambiente. A Teoria indica que a mente e o mundo são inseparáveis, por que é a mente que interpreta o mundo, segundo o biocemioticista Jacob Von Uexkül. “A partir desta perspectiva, observando o corpo ligado a este raciocínio, denominei-o corpo pensante, também criador do seu próprio Umwelt. Subjetivamente, este Umwelt é também uma parte do Recife, é uma parte do criador intérprete e de todos em sua volta, mas pode ser em qualquer outro lugar no mundo e também, a partir da relação em que o homem faz da sua própria consciência e percepções diversas, advindas do seu próprio entorno”, explica Adriana Carneiro. O espetáculo estreou em 2012, na Casa Mecane, em Recife, tendo sido o projeto premiado em 2009 com o Fomento às Artes Cênicas, através do SIC Municipal e Secretaria de Cultura da Cidade do Recife. É um produto conceitual, com trinta minutos de duração, criado também com este propósito de interagir com a sociedade através das artes.  Comunica-se pela versatilidade que a temática oferece com interação midiática de software livre, e a dança em tempo real. Em 2014, já foi apresentado ao público de Manaus, no Mova-se Festival de Dança de Manaus, e em Goiânia, na Mostra de Dança Manga de Vento que ocorreu no Teatro Centro Cultural da UFG (Universidade Federal de Goiás).

Adriana Carneiro – pernambucana formada em Tanzpädagogik pelo Konservatorium Wien Privatuniversität, em Viena. Entre 2008 e 2009 encenou o solo Estação, apresentado no 14º Festival Internacional de Dança do Recife, Festival de Dança e Teatro Janeiro de Grandes Espetáculos. Em 2009, produziu o vídeo dança Degrais, exibido no Seminário Interseções Corpo e Olhar, no Centro de Arte e Comunicação da UFPE, no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, na PlayRec, no Cine Teatro Apolo e no Festival de Inverno de Garanhuns. De 1999 a 2006, trabalhou no Tanztheater LUZ em Viena, do qual foi criadora. Lá, participou de outras produções como  Strassenkinder, Schale & Kern e Der Weg auf dem Weg.