O Governo encaminhou nota onde faz um apelo ao bom senso e a civilidade dos
policiais civis em greve para que não impeçam a entrada da Polícia Militar nos
presídios do estado, em especial na Casa de Prisão Provisória de Palmas, para
garantir o direito dos presos de receberem a visita de seus familiares neste
fim de semana.
Conforme o governo, o apelo se faz necessário para que se evite qualquer tipo de agressão ou confronto que possa resultar em feridos ou mortes tanto entre os detentos e seus familiares como entre os policiais civis e militares. A atual gestão afirma ainda que está disposta a retomar as negociações com os policiais civis assim que os mesmos retomarem suas atividades.
Conforme o governo em reunião na tarde desta sexta-feira, 13, a Polícia Militar, a Secretaria de Defesa Social e a Secretaria de Segurança Pública manifestaram aos representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, Juizado de Execuções Penais e Comissões Carcerária e dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Tocantins, preocupação com a possibilidade de confronto na unidade prisional de Palmas em função da informação de que parte do movimento grevista está incitando os colegas para impor resistência a ação da Policia Militar.
A greve dos policiais civis continua e vários órgãos junto com o governo tentam retomar as visitas aos presos interrompidas em razão da greve.
Conforme o governo os Policiais militares vão resguardar o direito dos detentos, em função da
resistência dos grevistas em cumprir determinação judicial que considerou a
greve da Polícia Civil ilegal e determinou o imediato retorno às atividades, o
que não ocorreu. "O apelo se faz necessário para que se evite qualquer tipo de agressão ou
confronto que possa resultar em feridos ou mortes tanto entre os detentos e
seus familiares como entre os policiais civis e militares", informa na nota. O Governo do Estado reiterou ainda a disposição de retomar as negociações com os
policiais civis assim que os mesmos retomarem suas atividades.
Sinpol pede reforço
Em pronunciamento encaminhado a policiais civis, o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins), Moisemar Marinho, afirma que a greve que dura 16 dias chegou em um momento decisivo. Ele voltou a cobrar respeito por parte do governo do Estado aos policiais e pediu para que cada um dos guerreiros e reforcem a luta. "Nossa greve legítiva e histórica chega a um momento decisivo, onde será testada a nossa determinação, nossa união e, sobretudo, a nossa coragem. Estamos há 16 dias sob julgamento da sociedade e pressão do governo do Estado", declarou, em vídeo que circula pelas redes sociais.
Para Marinho, a greve já é vitoriosa pelo fato de o Tocantins estar discutindo que polícia quer no futuro. "Suportamos até aqui e fizemos com que uma boa parcela da sociedade compreendesse as nossas reivindicações. Não dá para voltar atrás. Suportamos com bravura e equilíbrio o ais difícil. Agora é respirar fundo, levantar ainda mais a cabeça e reforçar a luta."
O presidente do Sinpol declarou ainda que a categoria "vai conquistar o que nos foi tirado". "Mas o ganho não é o financeiro. É o respeito com que seremos tratados daqui para frente. Nenhum governo vai ousar brincar com os nossos direitos ou se negar a sentar à mesa para discuti-los"
Moisemar, ainda no vídeo, explicou que o objetivo da manifestação é exigir que o policial tenha uma carreira justa, com salário competível com a complexidade das funções. "Isso não é crime, não é ilegal, não é imoral", declarou, com veemencia. "Uma polícia com a carreira justa não quebra um Estado. Pelo contrário, ajuda a preservar a democracia e a cidadania", complementou.