O Sindicato dos Policiais Civis informou que cerca de 85% dos policiais civis já entregaram suas armas, atendendo determinação do governador Marcelo Miranda. A Secretaria Estadual de Segurança Pública está catalogando as armas entregues. Em greve há 20 dias, os policiais continuam paralisados. Alguns delegados tem aderido à manifestação. “Todos sabemos que não se faz segurança pública sozinhos. Temos vários delegados que sabem disso e são solidários a nós”, ressaltou o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho.
Os Delegados de Polícia do Estado do Tocantins informaram, a partir desta quarta-feira, 18, irão trabalhar somente no expediente interno por tempo indeterminado, até que a falta de segurança nas unidades, causada pelo recolhimento das armas seja cessada. Este foi um dos assuntos em pauta deliberados em Assembleia Geral do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do estado do Tocantins (Sindepol-TO), na manhã desta terça-feira, 17.
A assessoria jurídica do Sindepol analisa o ato administrativo do Secretário de Segurança Pública, que determinou o desarmamento da polícia civil.
A Presidente do Sindepol-TO, Cinthia Paula de Lima aguarda resposta do Secretário de Segurança Pública, César Simoni sobre atuação dos delegados. “Solicitamos, com urgência, uma orientação de como os delegados de polícia vão trabalhar nas suas delegacias sem agentes, armas, escrivães, algemas, ou seja, sem condição do Delegado lavrar,ao menos, um auto de prisão em flagrante nem outros serviços”. O Sindepol irá enviar, ainda, um ofício ao Secretário colocando as armas dos Delegados de Polícia a disposição.
Greve
Os policiais seguem parados nas unidades onde estão lotados e a população não consegue ter acesso aos serviços do Instituto de Identificação para a emissão de carteiras de identidade e além disso as investigações que são responsabilidade dos civis também estão paralisadas em razão da greve. O registro de boletins de ocorrência nas delegacias também está prejudicado.
A greve se iniciou no dia 25 de fevereiro e a justiça já determinou que os policiais retornasses o trabalho. Na decisão da desembargadora Maysa Vendramini ela aumentou a multa ao Sindicato para R$ 100 mil por dia até o limite de R$ 2 milhões. O prazo final para o Sindicato se manifestar no processo é até dia 24.
Nas unidades prisionais os policiais militares estão cuidando da guarda interna e externa e demais procedimentos necessários.
O governo encaminhou nota onde afirma que está disposto a retomar as negociações assim que os policiais atenderem a decisão judicial e retornarem aos postos de trabalho. Através de nota a atual gestão chegou a conclamar que os grevistas retomem aos postos de trabalho. Órgãos como a Defensoria Pública chegaram a pedir à desembargadora o cumprimento da decisão em razão da suspensão das visitas aos detentos bem como acesso dos defensores.