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Polí­tica

Foto: Divulgação

O deputado estadual Eli Borges (Pros) apresentou na sessão desta quarta-feira, 25, na Assembleia Legislativa  uma nota de repúdio à cena de beijo da novela da Rede Globo “Babilônia”. A cena foi ao ar na semana passada entre as personagens interpretadas pelas atrizes Fernanda Montenegro e Natalia Timberg.

O deputado argumentou que a cena afronta os princípios da família tradicional. “ Esse é um momento de institucionalizar uma reação em cadeia nesse pais  e que nós do grupo da familia tradicional queremos ser respeitados”, disse o parlamentar que é pastor.

Segundo ele a Globo se propõe a estimular o beijo de duas pessoas do mesmo sexo e respeitadas pelo país. “É o esforço de um grupo empresarial em detrimento de um grupo de brasileiros e tocantinenses”, disse. O parlamentar chegou a dizer que não tem outra maneira de perpetuar a espécie a não ser de um homem e de uma mulher. "Querer pegar isto e tornar lei nesse país e todos são obrigados a se render a ela. Tenho que ser uma parlamentar com voz bem alta dessa tribuna, faço isso não é porque sou evangélico porque outras reuniões também defendem o que eu defendo. Está na hora de rediscutir se vale a pena jogar fora em pouco tempo esses princípios construídos a centenas de anos há décadas", disse. 

Eli negou ser homofóbico e disse que não conhece nenhum religioso que tenha agredido homossexuais.  O parlamentar aproveitou para criticar ainda o programa Big Brother Brasil.Ele falou que está ocorrendo um "tsunani de provocações".

O presidente da Casa de Leis, Osíres Damaso (Democratas) parabenizou o colega de parlamento pela solicitação e inclusive subscreveu o requerimento.

A cena gerou muito debate nas redes sociais e foi comemorada por defensores da causa  porém a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional também emitiu uma nota de repúdio.

A deputada Amália Santana (PT) afirmou que também é evangélica e defensora da família como um dos pilares da sociedade, no entanto, ressaltou que a orientação sexual é escolha de cada um e deve ser respeitada. "A orientação sexual é individual e cada um tem a sua", disse. Amália criticou a Rede Globo e disse que não assiste à emissora. A deputada ainda ressaltou que o papel da Casa de Leis é lutar pelos direitos políticos de todos. 

Já Luana Ribeiro disse que se alguém se incomodou com a resposta é só não assistir. " Cada um tem sua forma de liberdade de expressão", disse ao afirmar que a sociedade não pode ser falsa moralista.