Esta semana a realização de cirurgias ortopédicas no Estado esteve no centro da polêmica da Saúde e um acordo intermediado por vários órgãos resultou no compromisso firmado por parte do Estado para realizar os procedimentos de todos os pacientes que estiverem na fila.
O Governo do Estado informou que tem trabalhado para que os procedimentos ortopédicos continuem a ser realizados nas unidades hospitalares estaduais. No maior hospital público do Tocantins, o Hospital Geral de Palmas (HGP), somente nos primeiros 81 dias do ano, de 1° de janeiro a 22 de março, foram realizadas 722 cirurgias ortopédicas, índice que corresponde a uma média de nove procedimentos por dia. Se comparado ao ano passado, quando foram realizadas, durante todo o ano, 3.199 cirurgias ortopédicas, a média de nove procedimentos se mantém.
Segundo explica a diretora-geral do HGP, Renata Duran, os procedimentos cirúrgicos ocorrem de acordo com a disponibilidade de recursos humanos, sala de cirurgia, leitos pós-cirúrgicos e a programação feita pelo médico especialista, sendo que as cirurgias de urgência e emergência têm prioridade no atendimento. “Temos feito cirurgias diariamente, mas nós temos uma grande demanda de pacientes da ortopedia, e a prioridade é para as de urgência e emergência”, esclareceu Renata.
Ainda de acordo com a diretora, a grande demanda ocorre, principalmente, pelo volume de pacientes referenciados de unidades de saúde do interior do Estado. “Nós somos um hospital referência e não podemos negar nenhum tipo de atendimento. Muitos pacientes do interior do Estado são encaminhados para o HGP devido à falta de profissionais ortopedistas em algumas unidades do interior, e todos os pacientes, referenciados ou não, devem ser atendidos”, destacou.
O secretário de Estado da Saúde, Samuel Bonilha, reforça que a carência de mão de obra tem sido uma das maiores dificuldades. Por isso, buscando minimizar a falta dos profissionais no Tocantins, o governo autorizou a contratação de mais de 90 médicos, dos quais 38 já estão trabalhando nas unidades hospitalares do Estado, sendo três ortopedistas. “Dois destes especialistas vão estar com os outros 19 que já atuam no HGP. Nós não temos medido esforços para que o serviço tenha melhoria e contemple, principalmente, aqueles pacientes que aguardam por procedimentos há mais de ano, na fila da regulação”, disse o secretário.
Ao assumir a gestão da Secretaria de Saúde, no início do ano, Bonilha encontrou uma fila de 636 pacientes que esperam por procedimentos ortopédicos somente na regulação de Palmas, além destes ainda há aqueles que aguardam pelas cirurgias nas unidades hospitalares do Estado.