Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Polí­tica

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) reclamou dos problemas que vêm ocorrendo com o Programa de Financiamento do Ensino Superior (Fies) para estudantes carentes. Segundo Ataídes, tudo é reflexo da má gestão e gastos descontrolados por parte do governo nos últimos anos. Ele também argumentou que as mudanças no programa vão atingir em cheio os mais pobres, cujo desempenho no Enem costuma ficar abaixo dos alunos que tiveram mais condições de cursar escolas particulares.

O parlamentar lembrou que o governo mudou as regras do programa em 2010 e desde então os gastos com o programa aumentaram muito: de R$ 880 milhões em 2010, subiram para R$ 7,5 bilhões em 2013, chegando a R$ 13,7 bilhões no ano passado. Para o senador, esse aumento em 2014 teve razões eleitorais.

O problema, segundo Ataídes Oliveira, é que todo o aumento nos gastos não teve resultados positivos, já que o número de novas matrículas com financiamento estudantil caiu de 5% para 3% ao ano nos últimos anos. Também o número de formandos caiu em 2014 pela primeira vez em 11 anos.

"Isso tudo representa um rombo que será pago pelo povo brasileiro e prejuízo aos estudantes que precisam do Fies. A farra de gastos, agora, provoca queda de investimentos no programa. Evidentemente! Gastaram muito e gastaram errado. Até meados do mês de março havia queda nos investimentos de 58% nos dois primeiros meses de 2015, se comparados com o mesmo período de 2014. Ou seja, agora não se gasta mais com o Fies", disse o senador.

A exigência de nota mínima de 450 no Enem para que o aluno possa se credenciar ao Fies também foi alvo de críticas por parte de Ataídes Oliveira, que lembrou ainda que o financiamento não poderá ser mais concedido a quem tiver zerado a prova de redação no exame. “Só os filhos dos ricos estudam em escolas particulares de primeira linha e conseguem se sair realmente bem no exame”, argumentou.