Na última semana dois indígenas das aldeias Fontoura na Ilha do Bananal e Tiwiri , às margens do Rio Javaé atentaram contra a própria vida. Os atentados reacenderam a discussão sobre as mortes que vem acontecendo nos últimos anos nas aldeias da Ilha do Bananal.
Segundo o coordenador regional da Funai no Tocantins, Conceição Pereira da Costa os novos casos mostram a necessidade de continuação das ações nas comunidades indígenas. “Esses casos vem acontecendo há algum tempo tem um grupo de trabalho formado por vários órgãos para acompanhar e propor ações mas ultimamente estão paradas”, disse.
Segundo lideranças indígenas do Estado, como vem acontecendo há alguns anos, já existe alguns estudos que apontam muitos fatores, entre eles a perda da identidade cultural, choque cultural, falta de perspectiva de vida dentre outros.
A Procuradoria da República no Tocantins estuda alternativas para reduzir a incidência de suicídios entre índios da etnia Javaé, na Ilha do Bananal. Álcool e drogas também já foram apontadas como as principais causas das mortes.
Segundo informou o antropólogo Marcio Santos em entrevista ao Conexão Tocantins o Ministério Público Federal tem feito acompanhamento constante das aldeias porém ele reconheceu que faltam ações mais pontuais. Uma pesquisa científica realizada por um grupo da Universidade Federal do Tocantins (UFT) está investigando a fundo as motivações dos suicídios. “Acho importante que sejam retomadas porém o mais importante são ações permanentes”, disse Santos.