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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O clima no PMDB do Estado voltou novamente à instabilidade. O partido continua sob o comando da ministra e senadora Katia Abreu e a criação de 51 novas comissões provisórias recentemente acirrou os ânimos internos na legenda. Membros do partido alegam que a comissão que está à frente da legenda não foi informada sobre o fato.

A deputada federal  Josi Nunes já criticou a situação publicamente e pediu informações oficiais à senadora sobre as novas comissões. Josi não descartou a possibilidade de ingressar na justiça contra o ato.

Nesta terça-feira, 28, o secretário Estadual de projetos estratégicos e peemedebista, Osvaldo Reis está em Brasília e deve se encontrar com membros da direção nacional da legenda. “Esse assunto já está em pauta. Ninguém quer brigar com ninguém mas ninguém agüenta gravata das pessoas, o que se busca é o entendimento”, disse.

Reis deve conversar com o presidente do partido, Michel Temmer sobre a situação da legenda no Estado. “ Acho que o que está errado tem que ser corrigido, ninguém vai engoliar as coisas na marra. Devo conversar com o presidente, discutir questões internas para ver se acaba com brigas”, afirmou.

O destino do partido segue indefinido com relação à realização de convenção para novas eleições na legenda.

 Insatisfação no interior

 O clima de insatisfação no partido está também no interior.  O ex-presidente do PMDB em Monte do Carmo, Rubens da Paixão Pereira Amaral (Rubão), se manifestou contra a criação das comissões provisórias, pois segundo ele, são contrárias aos interesses do partido. Após consulta no site do Tribunal Superior Eleitoral, Rubão alega que há a presença de membros de outras siglas nas comissões.

Segundo ele, dois casos foram comprovados na comissão provisória de Monte do Carmo, registrada no TSE no dia 31 de março deste ano. “Um deles é o próprio presidente da comissão, Ailton Coelho de Carvalho. Ele é filiado ao PSD, além dele, outro membro, Rosário Carneiro de Oliveira, está filiada ao PV. As certidões de filiação partidária foram emitidas nesta segunda-feira, 27” é o que diz o peemedebista.

“Um fato é liquido e certo: a intervenção já faz muito tempo que não há razão de ser no PMDB”, afirma Rubão. Para ele, após o pleito de 2014,  com a expressiva votação  do partido elegendo governador, senadora, a maioria de deputados federais e três deputados estaduais, o PMDB já devia ter sido reconduzido “aos trilhos da democracia”, declarou.