Uma sugestão de reaproveitamento de resíduos da indústria na construção civil está sendo apresentada na Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins Brasil 2015). Por meio de estudos realizados com lodo produzido pelas Estações de Tratamento de Água (ETA) do Estado, estudantes e pesquisadores do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) desenvolveram um tijolo produzido com 15% dos lodos das ETAs da Odebrecht Ambiental, principal companhia de saneamento do Tocantins.
O resultado, segundo os pesquisadores, é a produção de um material de construção civil mais barato, com maior conforto térmico, além de garantir a sustentabilidade dos recursos naturais, diminuindo a retirada de matéria bruta da natureza.
Segundo Paulo Batista, professor do curso de Engenharia Civil do IFTO, o tijolo ecológico aproveita o resultado final do processo de filtragem e limpeza da água distribuída pela companhia de saneamento do Estado. Composto basicamente de lodo proveniente de sulfato de alumínio, responsável pela coagulação de materiais em suspensão na água, cada tijolo produzido pesa cerca de 3 quilos, sendo que 15% do material é composto pelo resíduo das estações de tratamento.
“O resultado é um produto mais barato, onde conseguimos transformar um passivo ambiental de uma atividade industrial num material de construção com o devido cuidado com os recursos naturais”, afirmou.
Realização
A Agrotins Brasil 2015 é promovida pelo Governo do Estado do Tocantins, por meio da Seagro e vinculadas, Agência da Defesa Agropecuária (Adapec), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Instituto de Terras do Tocantins (Itertins) e apoio de instituições financeiras e entidades de classe ligadas ao setor produtivo.