Para debater com servidores de saúde melhores formas de acolhimento aos indígenas que chegam aos serviços de média e alta complexidade do Estado, será realizada nessa sexta-feira, 22, a partir das 8 horas, no auditório da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), uma Oficina de Acolhimento Institucional a Pessoa Indígena.
A busca pela melhoria no atendimento ao povo indígena é uma preocupação do governo do Estado e medidas têm sido tomadas no sentido de qualificar a assistência a esse paciente. Conforme explica Ana Terra Araújo, técnica da Área de Saúde Mental e integrante da unidade de produção de Palmas, a ação visa mudar um olhar de profissionais para o tratamento a esse povo.
“Nesse evento, vamos tratar o acolhimento institucional ao indígena e a questão da entrada do pajé dentro do hospital, porque o cuidado da saúde ao indígena envolve a espiritualidade e às vezes o profissional não tem esse olhar”, explica a técnica. Nas tribos indígenas, o pajé é tido como curandeiro, portador de poderes ou orientador espiritual.
A técnica ressalta ainda que o Governo do Estado já realizou uma oficina de Práticas de Acolhimento em Rede, onde foram criadas as unidades de produção em Araguaína, Gurupi e Palmas. As unidades são grupos formados por representantes dos serviços de saúde que visam sensibilizar os profissionais sobre a mudança no processo de trabalho.
A oficina é organizada pela Superintendência de Educação na Saúde e Regulação do Trabalho da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), juntamente com as Assessorias de Humanização do Hospital Geral de Palmas (HGP), Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR), Hospital Infantil de Palmas (HIP) e Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).
Confira a programação:
Dia 22 de maio
8 horas– Apresentação cultural com dança e cântico indígena
8h30 – Mesa de Abertura
9 horas– Espaço destinado para apresentação da área técnica da Secretaria dos Jogos Indígenas
9h20 – Apresentação da Antropóloga Reijane Pinheiro e Héber Grácio sobre pajelança no contexto Xerente
9h40 – Roda de conversa sobre medicina tradicional versus medicina do “branco”
• Temas desencadeadores: ambiência hospitalar, percepção de saúde e doença pelo indígena e especificidades culturais (cosmologia, mitos, ritos e xamãs).
• Composição da mesa: pajés e diretores clínicos médicos. Mediadora: Reijane Pinheiro.
14 horas – Apresentação do SASISUS, fluxo da regulação e principais agravos encaminhados à rede pela equipe do Dsei.
15 horas – Roda de conversa sobre os desafios ao acolhimento de indígenas pelos serviços.
• Temas desencadeadores: Visita ampliada; porta de entrada na instituição; acompanhantes e comunicação entre funcionários e usuários.