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Estado

Representantes de vários sindicatos de categorias dos servidores públicos encaminharam nota à imprensa onde reafirmam que não aceitam a proposta de parcelamento da data-base. Na nota, as entidades chegam a ameaçar fazer uma greve geral caso o pagamento não seja feito de maneira integral.

Em entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta sexta-feira, 29, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Manoel Miranda disse que as entidades querem negociar com o governo. "Vamos continuar buscando o diálogo, queremos conversar", disse. Miranda frisou que o dia 12 de junho foi escolhido como Dia D quando, se as conversas não evoluirem na proposta que os sindicatos querem, as entidades pretendem oficiar o governo e fazer Assembleias gerais por categorias para deliberar sobre suposta greve geral. 

O governo mostrou os dados e números que comprovam as dificuldades financeiras do Estado. Segundo o líder do governo, deputado Paulo Mourão afirmou ao Conexão Tocantins é necessário paciência neste momento que o Tocantins passa. Ele tem conversado com os sindicatos na tentativa de buscar acordo.

Veja a íntegra da Nota dos Sindicatos:

As entidades representativas dos servidores públicos estaduais do Poder Executivo esclarecem mais uma vez, que não concordam com outra proposta para a data-base que não seja o pagamento integral do índice de 8.3407%, em parcela única e na folha de pagamento de maio, conforme prevê a legislação vigente.

As entidades têm tentado, a todo custo, conduzir a negociação de forma dialogada, cumprindo todos os passos de uma negociação sindical responsável e cujo objetivo é garantir o direito do servidor. Ocorre que o Governo do Estado parece surdo a nossos apelos e tem tratado os servidores com desrespeito ao achar que nos deixaremos vencer por argumentos insustentáveis e falsos. É inaceitável pensar que, um Governador que se diz democrático e defensor dos servidores públicos, sequer consegue agendar uma reunião com as entidades que representam o servidor.

O servidor público efetivo do Poder Executivo não pode ser penalizado pela incompetência administrativa do Governo do Estado. Por meio desta, informamos a todos que, caso o Governador não cumpra com o pagamento integral da data-base, em parcela única, não nos caberá outra alternativa que não seja Greve geral. Não é nosso desejo prejudicar o atendimento à população, mas, o Governador não nos deixa outra alternativa.

Nos próximos dias, faremos nossa última tentativa de negociação baseada no diálogo. Será o ultimato. Não aceitaremos qualquer ato do Governador que não seja deliberado em consenso com as entidades representativas.

Por fim, reafirmamos que não vamos admitir a aplicação do índice em percentual menor que o apurado pelo INPC (8.3407%), bem como o parcelamento. Tal medida é uma transgressão à Constituição Federal, Constituição Estadual e Lei de Responsabilidade Fiscal, configurando, dessa forma, ato inconstitucional e de improbidade administrativa, uma vez que a reposição integral é determinada pela Carta Magna com a finalidade de repor as perdas causadas pela inflação.

Palmas - TO, 28 de maio de 2015.

Cleiton Lima Pinheiro, presidente da NCST-TO e do Sisepe / Manoel Pereira de Miranda, presidente do Sintras / Jorge Antonio da Silva Couto, presidente do Sindare / Luciano Lucas Silveira, presidente do Sinpef / Carlos Campos, presidente do Sindifiscal / Claudean Pereira Lima, presidente do Seet / Ricardo Martinez Camolesi, presidente do Sicideto / Léia Ayres Cavalcante, presidente do Sindifato / Gledston Vaz Vespúcio, presidente do Sindiperito / Moisemar Marinho, presidente do Sinpol.