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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Os deputados federais do Tocantins, Cesar Halum (PRB) e Vicentinho Junior  (PSB) justificaram o voto contrário à cota para as mulheres. A proposição foi rejeitada na Câmara Federal já que precisava de 308 votos a favor, mas recebeu apenas 293. Os votos contrários foram 108 e houve ainda abstenção de 53 deputados.

O deputado Vicentinho Junior afirmou: “Acharia injusto, tanto para mulheres e homens, candidatas e candidatos, participar de um processo eletivo, onde um ou outro saiam à frente na disputa. Entendo que a mulher, por ter em seu DNA a presença nata da Lealdade, da Organização e da Transparência, já sai à nossa frente sem a necessidade de uma cota”, disse. O parlamentar chego

Ele afirmou que busca fazer um mandato com equilíbrio. “Legislo, em Brasília, procurando, sempre, primar pelo bom senso, encontrando um ponto de equilíbrio em todos os debates. Não faço, aqui, um mandato contra ninguém ou causa alguma, pois busco o entendimento, acima de tudo”, disse. O parlamentar exemplificou ainda que votou favorável  ao Projeto de Lei – PL 8305/14, que considera homicídio qualificado o assassinato de mulheres em razão do gênero, com o feminicídio tornando-se crime hediondo.

Halum também justificou seu voto. “A proposta pedia a cota de 15%, entretanto, hoje, o Tocantins possui três deputadas federais mulheres (37,5%), três deputadas estaduais na Assembleia (12,5%), além de diversas prefeitas, vereadoras e inclusive a vice-governadora do Estado, todas, sem exceção, chegaram a seus cargos por mérito, trabalho exercido durante uma vida e competência, tudo isso sem a existência de cotas que a meu ver é uma medida discriminatória e injusta neste caso”, disse.

O parlamentar chegou a dizer ainda que as mulheres não precisam de cotas, mas sim de respeito e direitos iguais. “O ideal seria buscar os problemas que impedem a mulher de alçar grande quantidade de cargos eletivos e, removidos os obstáculos, certamente elas passariam a ter mais sucesso eleitoral. As cotas podem beneficiar hoje, mas tendem a escravizar o cotista pra sempre”, afirmar.

Outra alegação de Halum é que as mulheres não precisam de cota. “Acredito que cotas para mulheres na política, além das já existentes nos partidos, onde 30% das candidaturas devem ser ocupadas por pessoas do sexo feminino, traria um rompimento na democracia, pois não existem motivos para qualquer pessoa largar na frente em uma corrida eleitoral”, disse.