Cerca de 250 pessoas, entre produtores, estudantes e técnicos de diversas instituições governamentais ligadas ao setor rural participaram nessa quinta-feira, 20, do Seminário Regional de Avicultura Caipira, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins) e Secretaria Municipal do Desenvolvimento Rural (Seder).
O evento tem como objetivo discutir a produção de aves caipira em escala, de forma organizada em associações e cooperativas, a fim de criar uma demanda forte para futuramente construir um frigorífico específico para aves.
Dentre os diversos temas discutidos no evento, a zootecnista e professora da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Kenia Rodrigues, falou sobre os entraves para a comercialização de aves caipira no Tocantins, a começar pela ausência de escala na produção. “Os produtores ainda produzem de forma irregular e não conseguem atender a demanda de mercado que atualmente é garantida por outros estados”, afirma.
A diretora de políticas para pecuária da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), Érika Jardim destacou o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Governo do Estado no sentido de formalizar os produtores, organizando-os para a produção em escala. “Produzir em escala, obter a certificação, garantir o abastecimento do mercado interno e criar demanda para construção, no futuro, de um abatedouro para aves”, enumerou Érika Jardim.
Para o presidente da Federação das Associações e Entidades Rurais do Tocantins e também produtor de aves caipiras, Pereira Lima a construção do abatedouro de aves é a realização do sonho de todos os produtores, assim poderão aumentar a produção, vender mais obter uma renda melhor. “Aproximadamente 90% dos produtores rurais do Estado cria aves caipira, com a finalidade de garantir a alimentação da família e o excedente é vendido direto ao consumidor”, afirmou.
Circuito
Como continuidade da programação, no período da tarde acontece o circuito Agrotins com visita a seis estações; horticultura, manejo de pastagem, mandiocultura, avicultura, ordenha e integração de lavouras. Também serão apresentadas aos participantes alternativas para diversificar as atividades nas propriedades, gerando maior lucratividade e aproveitamento de áreas. (Ascom Seagro)