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Polí­tica

Foto: Divulgação

Reuniram-se na noite desta última segunda-feira, dia 24, no distrito portuense de Luzimangues, autoridades e comunidade em audiência pública sobre as carências locais. Presidida pelo deputado Ricardo Ayres (PSB) e prestigiada pela população, a reunião foi proposta pelo parlamentar Valdemar Júnior (PSD), que polemiza há semanas com a Prefeitura de Porto Nacional sobre as condições de vida de uma população que vive o paradoxo de uma explosão imobiliária e graves deficiências estruturais.

Ao abrir a reunião, Valdemar voltou a apontar as críticas da população quanto à irregularidade da coleta de lixo, iluminação e transporte públicos, bem como pontos de ônibus improvisados pelos moradores e o preço do IPTU. O deputado citou ainda a falta de médicos aos fins de semana e a demora na finalização de obras esperadas, como a Unidade de Saúde e a Subprefeitura.

Em sua defesa, o prefeito de Porto Nacional, Otoniel Andrade, mostrou um vídeo institucional sobre suas realizações no distrito. Ao assumir a palavra, ele afirmou que dois médicos e dois dentistas concursados atendem na região, que já inaugurou 47 m² de pavimentação asfáltica em 2013, mas que outras questões, como a necessidade de expansão da rede de ensino, são de competência do Estado. Ao afirmar que o IPTU de Luzimangues é um dos mais baratos do Tocantins, foi vaiado.

Mais didático, o deputado Wanderlei Barbosa (PSB) discursou sobre as razões da expansão demográfica do distrito, beneficiado pela inauguração da ponte Fernando Henrique Cardoso, em 2002, pela proximidade da Capital e loteamentos que surgiram desde então. Wanderlei destacou o potencial econômico do local, defendeu a autonomia do povoado sobre seu futuro e uma maior fiscalização da Câmara Municipal de Porto Nacional sobre os loteamentos.

Já o deputado Ricardo Ayres deixou a presidência para fazer coro a Valdemar. Reforçou que a comunidade está desassistida e que, entre outros problemas como a expansão desordenada, é mal administrada porque, há 25 anos, Porto Nacional é governada por um “projeto de poder familiar”.

Comunidade

Quando a palavra foi aberta aos populares, as queixas se distribuíram por temas como a venda de áreas institucionais, acidentes de trânsito, qualidade do ensino, falha de iluminação pública, transporte público e qualidade das obras já realizadas.

Novamente, Otoniel alegou que as áreas urbanas em poder do município já contemplam os equipamentos públicos. Sobre acidentes de trânsito, ele concordou que é preciso melhorar a sinalização. Sobre a iluminação pública, admitiu que o vandalismo e a oscilação de energia danificam mais lâmpadas do que a Prefeitura é capaz de repor.

Sobre o transporte público, o prefeito disse que negocia com o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), a inclusão do distrito nas linhas da Capital, inclusive com uma linha “eixão” que sairia de Luzimangues a cada hora em direção a Palmas. Otoniel disse ainda já ter solicitado a construção de agências dos Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal (CEF), e que já acertou a abertura de um Cartório de Registro de Imóveis.

Em suas considerações finais, o deputado Toinho Andrade (PSD), que subscreveu o requerimento pela audiência, anunciou a destinação de R$ 100 mil para a sinalização de trânsito, via emendas. O presidente da Comissão garantiu que todas as cobranças serão formalizadas em documentos, repassadas às autoridades competentes e posteriormente cobradas. Também participaram da audiência os deputados Eduardo Siqueira Campos(PTB) e Elenil da Penha(PMDB)