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Estado

Com o intuito de incentivar a democratização da literatura, o projeto Biblioteca em Movimento, da Defensoria Pública do Estado do Tocantins, receberá doações de livros em estande no 9º Salão do Livro do Tocantins, no período de 19 a 27 de setembro. É a primeira vez que o evento provoca o público para doar obras literárias, toda a arrecadação irá contribuir com o projeto Biblioteca em Movimento e será disponibilizado para a comunidade de baixa renda dos Núcleos Regionais da Defensoria, nas cidades de Araguatins, Tocantinópolis, Araguaína, Guaraí, Paraíso do Tocantins, Palmas, Porto Nacional.

O estande da Defensoria Pública no Salão do Livro é o 71 B, localizado ao lado da rampa que dá acesso ao auditório B, e as doações podem ser feitas no horário de funcionamento do evento, de 10 às 21 horas. Além de incentivar a literatura junto aos Assistidos, as doações serão importantes para implantar o projeto Biblioteca em Movimento nos Núcleos Regionais de Gurupi e Dianópolis.

De acordo com o defensor público geral, Marlon Costa Luz Amorim, mais do que propiciar um atendimento jurídico gratuito de qualidade, a Instituição busca, cada vez mais, promover ações que aprimorem o atendimento humanizado aos seus Assistidos. “E o acesso à literatura é uma delas. O convite à leitura é feito no momento do atendimento, entre uma espera, ao alcance de todos que entram na Defensoria. Mais do que entreter, a mensagem que queremos transmitir é de que o benefício de ler carrega em si o conhecimento e aprendizagem. E de que nos tornamos um agente motivador que facilita esse processo, por muitas vezes esquecido. Deste modo, o desafio do projeto é o de estimular que a leitura se torne um hábito para nossos assistidos,” considera.

Movimentar e desapegar

No Biblioteca em Movimento, que tem como mote “Conhecimento que fica, livro que segue”, os Assistidos têm a seu dispor obras dos mais diferentes gêneros e podem pegar o livro e, após lê-lo, deixar em qualquer local público ou passar a obra para outra pessoa, com o intuito de fazer “circular” o conhecimento, conforme explica o coordenador do projeto e servidor da Defensoria, Rodrigo Araújo. “A leitura possui um poder conscientizador, uma vez que ela deve ser entendida não como mera atitude passiva, mas como uma construção ativa, tornando-se um instrumento de transformação social. Por isso, a ideia é desenvolver uma cultura de compartilhamento entre os Assistidos e a comunidade, fazendo circular diversas obras literárias. Com as doações, queremos estimular o desapego das pessoas aos livros guardados em casa, sugerindo a doação”, complementa.

Projeto

O Projeto é mantido por meio de doações de pessoas, empresas e instituições, e todo o acervo fica à disposição dos Assistidos da Defensoria Pública, dispostos em prateleiras nos corredores da Instituição. Assim, os livros podem ser manuseados, lidos e levados, ficando facultada a devolução em qualquer uma das unidades da Defensoria, ou ainda deixá-los em qualquer espaço público (pontos de ônibus, praças, rodoviárias e outros), para que outra pessoa possa lê-lo. O “Biblioteca em Movimento” encurta a distância entre o leitor e o livro. Assim, todas as obras podem ser manuseadas, lidas ou levadas, a critério do leitor. “É fundamental derrubar tabus e mitos de que o livro é algo para ser guardado, imaculado. Por isso, a devolução é optativa e pode ser feita em qualquer lugar”, ressalta o coordenador.

Histórico

O projeto existe desde novembro de 2013, e já passaram mais de 10 mil obras literárias nas prateleiras disponíveis nos corredores de atendimentos na Instituição. Porém, a doação de novas obras deve ser constante, visto que a procura é grande e as prateleiras precisam sempre de reposição. O acervo do projeto é bem diversificado, com obras de diversas áreas do conhecimento, que atendem a todos os gostos.
O acervo original foi montando a partir da doação de Membros, Servidores e parceiros e, após a coleta, os livros foram catalogados e identificados como parte do projeto. O projeto surgiu da doação de cerca de 300 livros feita pelo professor de Matemática aposentado Mario Dadamos, que decidiu compartilhar as obras literárias que compunham o seu acervo particular.