Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira, 1º, os bancários do Tocantins decidiram pela realização da greve que inicia na próxima terça-feira, 6, por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia, após recusarem o reajuste salarial apresentado pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A assembleia aconteceu na sede do Sindicato dos Bancários do Tocantins (Sintec-TO), em Palmas.O reajuste oferecido pela Fenaban é de 5,5% mais abono, no valor de R$ 2.500. É válido lembrar que a contraproposta apresentada não cobre a inflação de 9,88% dos últimos 12 meses. E abono é mais uma forma de impedir ganhos justos devidos aos bancários.
Ao total 90 bancários decidiram pela paralisação através do voto, e sete votaram para não ter a greve. Na ocasião, o presidente do Sintec-TO Crispim Batista Filho destacou a falta de interesse dos banqueiros em negociar e, sobretudo a vergonhosa proposta apresentada.
Mobilização
O presidente Crispim Batista Filho, afirmou que mais um ano o Sindicato está mobilizado e que o objetivo e fechar todas as agências do Estado. Lembrou ainda que as reivindicações não é apenas pelo aumento salarial.
“Não estamos pedindo só aumento salarial, mas melhores condições de trabalho contratação de mais bancários, saúde, segurança, respeito à Lei das Filas, reposição das perdas salariais dentre outras reivindicações”, informou Crispim.
O Sintec-TO tem intensificado as ações de mobilização em todo Estado. Os diretores estão visitando todas as agências bancárias e na ocasião, têm entregado o kit greve e explicado a falta de respeito que a categoria está sendo tratada pelo banqueiro. O kit é composto por folders, faixas, cartazes e camisetas.
Campanha Salarial 2015
As negociações da Campanha Salarial 2015 tiveram início no dia 11/08 quando foi entregue a pauta reivindicações dos bancários à Fenaban, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Neste ano, os trabalhadores em bancos reivindicam reajuste de 5% de aumento real mais INPC dos últimos doze meses (setembro de 2014 a agosto de 2015); piso salarial com base no valor calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho); maior participação nos lucros e resultados; combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim das terceirizações e das demissões nos bancos; melhoria da segurança nas agências e no ambiente de trabalho para prevenir e combater doenças ocupacionais.