Nesta quarta-feira, 7, o movimento grevista no Tocantins ganhou mais forças. Das 165 agências bancárias, 90 estão fechadas para o atendimento ao público. A paralisação, segundo os bancários, é em resposta ao descaso da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com a categoria.
A Fenaban, no entanto, mantém a contraproposta de 5,5% de reajuste e abono de R$ 2,5 mil. "O índice sequer repõe as perdas inflacionárias do período e já foi rejeitado pelas assembleias em todo o Brasil", segundo os bancários em greve.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Tocantins (Sintec-TO), Crispim Batista Filho, a greve está dentro da legalidade e de acordo com tudo que a lei exige e destaca que continua por tempo indeterminado.“Reafirmamos que a greve é por tempo indeterminado e segue até que os bancos apresentem nova contraproposta que realmente atenda aos anseios da categoria”, afirma Batista Filho.
Greve legal
O presidente destaca que alguns transtornos são causados com a paralisação, porém o Sindicato está cumprindo o que é determinado por lei e 30% dos funcionários exigido para atendimento interno como compensação de cheque, reposição de dinheiro nos caixas eletrônicos, recolhimento de envelopes para operações bancárias está sendo mantido
O Sintec está orientando a população a buscar os meios alternativos para efetuar as transações bancárias assim com os pagamentos de boletos durante a greve, entre eles os terminais eletrônicos, correios, casas lotéricas, telefone ou pela internet.
Assembleia
Em assembleia realizada na última quinta-feira, 1º, bancários do Tocantins rejeitaram o reajuste salarial apresentado pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 5,5% mais abono de R.500. Os bancários aprovaram o início da greve para esta terça-feira, 6.
Campanha Salarial 2015
As negociações da Campanha Salarial 2015 tiveram início no dia 11/08 quando foi entregue a pauta reivindicações dos bancários à Fenaban, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Neste ano, os trabalhadores em bancos reivindicam reajuste de 5% de aumento real mais INPC dos últimos doze meses (setembro de 2014 a agosto de 2015); piso salarial com base no valor calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho); maior participação nos lucros e resultados; combate às metas abusivas e ao assédio moral; fim das terceirizações e das demissões nos bancos; melhoria da segurança nas agências e no ambiente de trabalho para prevenir e combater doenças ocupacionais.