Artesãos ribeirinhos da região do Rio Negro, em Manaus (AM), estão comemorando o sucesso de vendas na I Feira Mundial de Artesanato Indígena, promovida pelo Sebrae Tocantins. O grupo de artesãos das comunidades Terra Preta, São Gabriel e Nova Esperança, que fazem parte das etnias Baré e Kuripako, estimam que até o final da feira já estarão com todas as peças vendidas.
A artesã Lenisia Santos, da etnia Kuripako, veio pela primeira vez ao Tocantins para representar todo o grupo de 40 artesãs de sua comunidade, Terra Preta. Ela comenta que antes de participar do evento, o Sebrae Amazonas levou consultorias de design e precificação às comunidades, que contaram com a participação da especialista em design e marketing Rozana Trilha e do consultor do Projeto Brasil Original Sérgio J. Matos.
“Nós aprimoramos os nossos produtos com ajuda do Sebrae, que nos orientou em relação ao acabamento e ao tamanho das peças para que elas fossem mais valorizadas e para vendermos mais, sem sair no prejuízo”, aponta a artesã que tem como principal produto jogo americano e peças confeccionadas com sementes.
“O trabalho aqui na feira tem sido muito legal, antes mesmo de finalizarmos a montagem do nosso estande já tínhamos vendido muitas peças e as vendas continuam aumentando a cada dia. Além disso, também tivemos a oportunidade de conhecer o artesanato de outras tribos e trocar experiências, o que é muito gratificante”, acrescenta a artesã.
Além dos artesãos de Manaus outros 44 expositores nacionais e internacionais da Feira Mundial de Artesanato Indígena, um espaço dedicado à arte, cultura e aos negócios dentro dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em Palmas (TO). A feira, que desde sua abertura oficial já recebeu mais de mais de 68 mil visitações, funciona de 10 às 21 horas até o final do mês, com entrada gratuita.