Na noite desta última terça-feira, 22, o campinho de futebol do setor Morada do Sol II, zona de sul de Palmas, recebeu o ritmo, a poesia e a atitude do Hip Hop e artistas da capital. Jovens e crianças, alguns com celulares na mão para registrar o momento, estiveram presentes no evento Cidade Perifa – Dsarm Pró Hip Hop (Pelo Direito de Usar Boné) para assistir a shows, exibição de vídeos e documentários e batalhas de MC’s, encontros tradicionais no hip hop no qual dois mestres de cerimônia duelam entre si com rimas improvisadas.
Apoiado pela Secretaria Estadual da Cultura (Secult), por meio do projeto Dezembro Cultural, o Cidade Perifa é uma iniciativa de produtores e grupos do segmento Hip Hop da capital, viabilizado por meio de emenda parlamentar da deputada estadual Valderez Castelo Branco. Além de palco livre para quem quisesse se expressar, a programação contou com a participação dos grupos de rap gospel Vida Nova e Selo de Deus, do MC Tato e do grupo de dança de rua, Sombras de Hip Hop.
O secretário da Cultura, Melck Aquino, o diretor de Ação Cultural, Piettro Lamonier, e o Gerente de Eventos Culturais, André Porkão, participaram do momento e puderam conversar com artistas e produtores do movimento hip hop tocantinense. Segundo o secretário Melck Aquino, é preciso dar voz à diversidade de manifestações culturais existentes no Estado, principalmente a cultura urbana e os cantores de rap. “Um dos projetos que queremos realizar ano que vem e que já propusemos para que os parlamentares nos ajudem é o Festival Estadual de Hip Hop, que vai dar mais visibilidade para esse seguimento artístico tão pouco reconhecido no nosso Estado”.
De acordo com o rapper Tato, um dos organizadores do evento, a escolha do setor para essa e outras ações culturais é explicada devido à vulnerabilidade econômica e social dos moradores da região. “Já fizemos outros eventos culturais aqui no Morada do Sol e somos muitos bem recebidos pela comunidade. O bairro é muito carente de políticas públicas, principalmente na área da cultura e essa parceria com os produtores culturais, com os líderes comunitários e com a Secretaria da Cultura é muito importante”, explica.
Para o DJ e Mestre de Cerimônias do Cidade Perifa, Patrik PRK, a realização do evento faz com que a comunidade se mobilize e participe das atividades culturais. “São muitas crianças e jovens que precisam que as manifestações culturais venham até eles e por isso inserimos o movimento Hip Hop na realidade deles. A comunidade ajuda de todas as formas, cada um traz a sua cadeira para curtir os eventos e sempre querem ficar até o final”, afirmou.