Os casos de microcefalia em recém-nascidos no Tocantins aumentaram novamente. Segundo dados repassados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), são 49 registros, nove a mais que o número divulgado no último levantamento, feito com base em atualização do início deste mês. O número de municípios tocantinenses com o registro da doença também subiu de 21 para 24.
Os 49 casos de microcefalia estão distribuídos em: Almas, Angico, Aragominas, Araguaína, Brejinho de Nazaré, Centenário, Colinas do Tocantins, Darcinópolis, Dianópolis, Divinópolis do Tocantins, Formoso do Araguaia, Goiatins, Lagoa do Tocantins, Natividade, Nova Olinda, Novo Acordo, Palmas, Pedro Afonso, Porto Nacional, Rio Sono, Santa Tereza do Tocantins, Tocantínia, Tocantinópolis e Wanderlândia. A secretaria não divulgou o número de casos por município.
Suspeita
Os casos de microcefalia podem estar relacionados com o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti. Contudo, até o momento, ainda não há confirmação de que os casos de microcefalia registrados no Estado estejam relacionados ao vírus.
A Sesau informou que os casos ainda estão sob investigação, aguardando resultados de exames laboratoriais. Para confirmar a relação da microcefalia com o zika vírus são realizados exames laboratoriais (sangue, liquor cefalorraquidiano e urina) e de imagens.
Os sintomas de quem está com zika vírus, às vezes, podem ser parecidos com outras doenças. Por isso é importante conhecer os sintomas.
O diagnóstico da microcefalia pode ser feito durante a gestação, com os exames do pré-natal, e pode ser confirmado logo após o parto através da medição do tamanho da cabeça do bebê. Exames como tomografia computadorizada ou ressonância magnética cerebral também ajudam a medir a gravidade da microcefalia e quais serão suas possíveis consequências para o desenvolvimento do bebê.
A doença
A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento mental.
Geralmente, a microcefalia está presente quando o tamanho da cabeça de uma criança com um ano e três meses é menor que 42 centímetros. Isto ocorre porque os ossos da cabeça, que ao nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro cresça normalmente.