Quem precisou de um médico para atendimento ambulatorial, realizar exames complementares médicos eletivos ou fazer cirurgia eletiva em um dos 19 hospitais estaduais, na manhã desta segunda-feira, 1º de fevereiro, teve que voltar para trás sem o atendimento, isso porque os cerca de mil médicos que trabalham nesses hospitais suspenderam suas atividades para cobrar melhorias à categoria. Somente os atendimentos de urgência e emergência funcionam normalmente.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Médicos (Simed) Janice Painkow, a categoria decidiu pela paralisação durante os três dias devido às condições de trabalho dentro dos hospitais. “Faltam insumos básicos que necessitamos para o atendimento, isso não vem de hoje, vem ao longo do tempo. Queremos mostrar de que forma está sendo tratado o paciente dentro do Estado”, informou. Ao todo quase mil médicos devem paralisar.
Ainda segundo ela, a situação em Araguaína, Norte do Estado, está mais crítica do que na Capital. “O que falta aqui lá falta mais, os medicamentos nunca chegam lá”, afirmou. A Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) ainda não se manifestou sobre o assunto.
Greve
Na última sexta-feira, os servidores da saúde decidiram suspender o movimento grevista até o dia 22 de fevereiro. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Tocantins (Sintras), a decisão significa um voto de confiança ao governo do Estado a fim de garantir os direitos, como pagamento dos retroativos, adicional noturno e insalubridade, plantões extras, gratificações, inclusão e pagamento das progressões, além de discutir e regulamentar as condições de trabalho nas unidades de saúde estaduais.
Caso o governo não apresente nenhuma proposta de negociação com a categoria entre os dias 15 e 22 de fevereiro, o movimento grevista pode ser retomado.