O vereador professor Júnior Geo (PROS) se pronunciou na sessão da Câmara de Palmas desta quinta-feira, 10, sobre o Plano Municipal de Educação (PME). A Câmara havia feito emendas e alterações no documento que foram vetadas pelo executivo municipal e voltaram para a análise dos parlamentares. Segundo Geo, a discussão da ideologia de gênero, apesar de exigir uma relevante análise, não é a única pauta.
O executivo teria excluído do PME, responsabilidades já existentes no Plano Nacional de Educação (PNE). Metas, obrigatoriedades e prazos a serem cumpridos pela gestão foram retirados ao encaminhar o documento para a Casa. Um exemplo destas responsabilidades seria a obrigação de um profissional especializado para cuidar de crianças com deficiência.
Para Geo, são diversos os equívocos do executivo que devem ser analisados. “Não podemos deixar que a gestão municipal se esquive de responsabilidades essenciais à educação”, afirmou. Em apoio ao posicionamento do colega, o vereador Joaquim Maia destacou outro exemplo, a obrigação do município de cuidar da educação infantil na zona rural também presente no PNE e excluída pela gestão do município.
Votação
A sessão foi suspensa a pedido dos vereadores da base aliada do prefeito e a votação dos vetos aos assuntos pertinentes ao PME, do projeto Carreira Justa e a situação dos quiosques ficou para a próxima terça, 15. A proposta do líder do prefeito, José do Lago Folha Filho (PTN) foi para que a prefeitura pudesse enviar um projeto de lei com novo posicionamento, proibindo qualquer possibilidade da ideologia de gênero na educação. Mas não mencionou as outras questões.
Geo enfatizou que eles deviam respeito aos cidadãos presentes na Casa em busca de soluções. Para o parlamentar, a tentativa do prefeito de adiar a votação e enviar um novo posicionamento relacionado a apenas um assunto não resolveria os problemas existentes. Ainda assim, a sessão foi encerrada com voto da maioria integrante da base aliada e o pastor João Campos (PSC) da oposição.