Com clima adverso, crise no País, custos para produzir crescentes e mesmo com tudo isso o agronegócio supera e vence a crise em 2015. O PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio em 2015 foi de 1 trilhão, 230 bilhões de reais. Repetindo 2014 em faturamento num país que caiu cerca de 4% no seu PIB geral. Deveremos produzir com todos os riscos climáticos do El Nino, trazendo chuvas elevadas no Sul/Sudeste e seca no Nordeste e parte do Brasil Central cerca de 213 milhões de toneladas, uma nova super safra.
O cooperativismo brasileiro teve na COAMO, Cooperativa de Campo Mourão, o seu exemplo máximo: cresceu 6% faturando quase 9 bilhões de reais e deverá chegar ao final da safra 2015/2016 com 10 bilhões de reais. E no reino do cacau, a hoje maior franquia de chocolates do mundo, a Cacau Show cresceu 11% suas receitas. Ou seja, com toda crise, superamos no agronegócio nas carnes, nos grãos, colocamos muita coisa em ordem na cana-de-açúcar, na laranja, no café e sim, tem muita coisa pra ser feita ainda.
Mas de todos os desafios do agronegócio, o maior de
todos os desafios continua do lado de fora das porteiras das fazendas:
infraestrutura, logística, regras, seguro, e afastar do setor a tentação
diabólica de colocar imposto adicional na venda dos grãos.
O agronegócio de dentro da porteira, os produtores rurais sozinhos não
conseguirão continuar vencendo a guerra da crise nacional. Há necessidade de um
basta para tanta incompetência na gestão do Brasil, das relações entre as
cadeias produtivas, e na sede por arrecadação.
Mais imposto no grão. Essa não!
* José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rádio Jovem Pan