As mulheres ganharam mais prefeituras nas recentes eleições municipais. E a presença das mulheres vem crescendo eleição a eleição. Em 2004 as mulheres tinham 7,4% das prefeituras, agora em 2016 se apropriaram de 11,6% de todas as prefeituras do país. No Estado do Rio Grande do Norte teremos 28% de todos os seus municípios governados por mulheres. Em Goiás, estado fortíssimo do agronegócio, também terá 15% do governo dos municípios feito por mulheres.
E o que isso tem a ver com o agronegócio? Muito. Pois observamos da mesma forma cada vez mais a presença da mulher, não apenas como trabalhadora ou ao lado do marido no campo, mas como empreendedora e tomadora de decisões dentro desse novo agronegócio.
O futuro do agro será cada vez mais humanizado, ao mesmo tempo em que está tecnológico. Será cheio de sensores que irão medir tudo, por isso ampliarão a dimensão sensitiva e sensorial de produtores de alimentos e dos consumidores.
Esse novo agro será cada vez mais uma porta aberta para o talento feminino, com sua sensibilidade acentuada. A agricultura foi criação de mulheres que cuidavam das sementes, do plantio, enquanto os homens caçavam. A deusa Ceres, a deusa da agricultura. As mulheres sempre foram fundamentais na produção de alimentos ao longo de toda história humana.
No Brasil, por exemplo, as escravas trabalhavam mais do que os escravos, e as mulheres dos imigrantes da mesma forma. As índias carregavam nas costas o maior suor de todos nas tribos, e agora, as mulheres vão se transformando nas protagonistas em tudo. No agronegócio se caracterizam por inovar, adotar tecnologias, aprender em velocidade, cuidar da sustentabilidade e bem estar animal.
Outubro é o mês das mulheres. E vem aí o Congresso Nacional de Mulheres do Agro. Saudações para todas as mulheres.
*José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rádio Jovem Pan