Acontece em Araguatins, região do Bico do Papagaio, Norte do Tocantins, no próximo dia 30 de abril, dia de campo sobre tecnologias ligadas à agricultura de baixa emissão de carbono. Serão tratados temas como recuperação de pastagens degradadas, ILP (integração lavoura-pecuária) e plantio direto.
O evento acontecerá na Fazenda Araguaiana, que participou do projeto ABC TO (liderado pela Embrapa no estado). Em outubro de 2013, começou na propriedade a adoção de tecnologias relacionadas à prática de uma agricultura com baixa emissão de carbono. Primeiramente, foram trabalhadas a recuperação de pastagens degradadas e a adubação de manutenção de pastagens já recuperadas.
No ano seguinte, explica Cláudio Barbosa, analista de transferência de tecnologia da Embrapa, "o produtor aceitou adotar a ILP na reforma de uma pastagem, usando como componente ‘lavoura' a cultura do milho de ciclo mais longo, em sistema de plantio direto na safra 2014/2015".
Para a safra seguinte, aumentou a adoção de tecnologias: cresceu a área com ILP usando o milho em sistema de plantio direto para recuperar pastagens degradadas, sobretudo para combater o capim duro (também conhecido como capim capivara ou navalhão) e o capim barba de paca (ou barba de bode), considerados plantas daninhas; e, para recuperar pastagens de áreas mais baixas também com ILP, começou plantio direto de arroz de terras altas, usando cultivares que apresentam ciclo mais longo que o tradicional.
O projeto de transferência de tecnologia em ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) no Matopiba (região que engloba partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), também coordenado pela Embrapa, deu sequência ao projeto ABC TO. A Fazenda Araguaína também participa dele.
Cláudio relata que "como resultados dos trabalhos na fazenda, conseguimos melhorar a administração da propriedade, estabelecendo o uso contínuo das ferramentas de diagnóstico, planejamento estratégico, tático e operacional, as ferramentas de controle da atividade bovinocultura de corte para se obter a leitura dos indicadores de produção e a análise dos índices de produtividade agrícola e pecuária".
Além disso, segundo ele, "reduziram-se os custos e o prazo de reembolso do custeio das reformas das pastagens, aumentou-se a disponibilidade estratégica de alimentos volumosos de melhor qualidade para os animais durante a seca. Aumentaram-se a produção de Quilograma de Peso Vivo de animais/ha/ano e o lucro dos proprietários na propriedade por ano. A fazenda adotou definitivamente o plantio direto e a integração lavoura-pecuária".